Dance Floor

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"Farta de ser o ombro em que você chora, eu quero ser o ombro em que você deita" – If I get My Way
  

A noite já caía sobre o céu de New Franklin. A festa no jardim era iluminada pelas luzes artificiais que decoravam o local e conduzida pelo repertório da banda local favorita dos noivos. Uma única regra foi imposta à fotógrafa: nada de sessão de fotos após a abertura da pista de dança. — Aproveite enquanto pode, Edwards! — Mike brincou enquanto a loira praticamente intimava o bestman para uma foto com o noivo.

— Você não vai se ver livre de mim de mim até o último segundo — piscou divertida.

— Isso vale para mim também?

Ela olhou por cima de seu próprio ombro: uma voz masculina atrás de si fez-se presente.

— Me desculpe, também vai se casar?

Ele riu.

— Isso é um pedido?

O homem lançou um sorriso divertido e com dentes perfeitamente alinhados. Seu físico e porte fazia-o parecer um jogador de futebol, ela poderia vê-lo levantar a taça da Champions League.

Mike riu balançando a cabeça e se virou para a loira:

— Perrie, este é...

— Luke Callahan — ela completou com um sorriso amigável. — Eu lembro de você. Fizemos trigonometria juntos no segundo ano.

— Acho que não nos conhecemos, eu com certeza lembraria de você.

— Confie em mim, não lembraria — estendeu sua mão até onde Mike se posicionava, apressando o rapaz para a foto.

— Vai ser difícil olhar para a câmera em vez de você.

Ela sorriu sem jeito. Seu olhar intenso e cativante era sustentado pelo seu ego, Luke sabia que tinha acertado. Não era uma cantada sutil sem segundas intenções e, juntamente com seu sorriso presunçoso, ele poderia fazer qualquer um derreter ao seus pés.

Após a foto, Olivia resgatou o noivo para a abertura da pista de dança. Com uma virada de olhos dramática, Perrie liberou os noivos das garras de sua câmera e aproveitou para tirar uma folga. Ela caminhou em direção à mesa onde Jade estava e pescou uma taça de champanhe da travessa de um garçom que passava.

— Não aguento mais! — se atirou na cadeira. — Isso não parece para mim.

— Eu sinto sua frustação, de repente sinto falta de toda a parte burocrática da We Do.

Isso já é demais! É sério? — indagou perplexa.

— Só um pouquinho — riu.

Thirlwall mordeu os lábios enquanto assistia a loira levar a taça graciosamente à boca. Perrie conseguia ser elegante até mesmo em seus pequenos gestos.

— Prefere estúdios?

— Não mesmo — respondeu rápida. — Fotos externas são a minha paixão! Me sinto mais livre e inspirada, mas é bem diferente do que fotografar um casamento, por exemplo.

Jade suspirou.

— Passar tanto tempo dentro de um escritório, assinando papéis e comparecendo à reuniões realmente me fizeram esquecer do quanto participar, de fato, de um projeto de casamento pode ser desafiador e divertido.

— Posso fazer uma pergunta? — a outra assentiu. — Por que me ligou naquele dia? Quero dizer, marcar reuniões não me parece função da chefe de departamento.

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