Aviões são atualmente um dos meios de transporte mais rápidos do mundo. De San Diego para New Franklin eram quase 7 horas de viagem, o que poderiam virar um dia e meio de carro em uma viagem sem paradas. Perrie era acostumada com vôos longos e aquele ela poderia tirar facilmente de letra. Mas mesmo tendo viajado centenas de vezes e entrado em centenas de aviões diferentes, havia algo que ela jamais acostumaria: a vista da janela.
A fotógrafa abriu a pequena cortina para analisar uma das asas cortando a maravilhosa vista da cidade. Era realmente uma vista bonita, e com um enquadramento certo, se tornaria uma foto perfeita. Ela suspirou com o pensamento, afinal sua camera estava na mala.
Uma luz no teto chamou sua atenção, assim como a da comissária de bordo, que caminhou prontamente até o banco ao lado.
— Por favor, pode me trazer um copo d'água? — a mulher ao seu lado pediu.
Ao receber uma confirmação da funcionária, ela acertou a coluna e repousou as mãos no joelho; estava claramente nervosa.
— Está tudo bem? — Perrie questionou.
— Sim, claro — respondeu forçando um sorriso.
— Jade, você já andou de avião antes?
— Sim — suspirou. — Mas é sempre difícil no início.
A loira alcançou uma das mãos da mulher e a apertou suavemente:
— Respire fundo três vezes — pediu. — Está tudo bem, estou aqui com você.
Já com o pedido em mãos, Jade virou o copo de uma vez só e Perrie olhou em volta.
— Eu entendo. Já viajei centenas de vezes e sempre fico apreensiva em relação ao Hatchi.
— Você sempre leva seu cachorro nas viagens?
— Quando são curtas, às vezes prefiro deixá-lo com minha amiga. Simplesmente não vale à pena, quero dizer, é estressante para ele por mais que esteja sedado.
Jade assentiu.
— Mas não tem problema, Jesy faz chamada de vídeo para matarmos a saudade um do outro — riu. — Sei o que deve estar pensando... Que sou louca por conversar com meu cachorro por celular, mas juro que ele responde!
As duas riram baixo e Perrie acrescentou:
— Honestamente, eu agradeço ao meu ex por ter me dado Hatchi de presente. Ele era tão pequeno que Henry o colocou em uma bolsa pequena da Chanel — sorriu ao lembrar. — A surpresa dentro foi melhor do que qualquer bolsa de grife idiota de três mil dólares.
A loira balançou a cabeça e só então percebeu que ainda segurava a mão de Jade, então a soltou calmamente e um tanto sem jeito. A outra percebeu a súbita mudança em sua postura, então coçou a garganta para quebrar a tensão:
— Eu tinha uma cadela quando era pequena, Aryda. Bom, a deixei na casa dos meus pais quando fui para a faculdade, acho que foi melhor assim. Nós realmente nos apegamos à eles, não é?
Perrie balançou a cabeça lentamente e um silêncio se instaurou entre as duas. Mas dessa vez não era um silêncio desconcertante, ambas abriram um sorriso e acomodaram-se em seus acentos. Jade estava claramente menos nervosa do que antes e aos poucos deixou que suas pálpebras relaxassem e abrissem espaço para um cochilo.
Cerca de duas horas mais tarde, a decoradora fora acordada com uma mão em sua perna. Seus olhos abriram lentamente, revelando uma Perrie um tanto próxima — ou talvez próxima demais — de seu rosto.
— Desculpe lhe acordar, mas o piloto acabou de anunciar que já estamos em Chicago e precisamos fazer nossa mudança de escala — a loira explicou calmamente.
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Wine
RomanceO que você faria se encontrasse uma mensagem destinada a outro alguém? No meio de uma desilusão amorosa, Perrie Edwards encontra uma garrafa na praia de San Diego com algumas cartas dentro. Sua curiosidade a leva até Jade Thirlwall, uma jovem mulher...