J. Thirlwall

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Jade fechou o porta-malas com veemência. Chegara com apenas uma bagagem e, de repente, estava com outra cheia. Aquilo era, obviamente, fruto dos passeios pela cidade com algumas das madrinhas, mas principalmente Perrie, que insistia em entrar em todas as lojas que via pela frente.

— Vocês deveriam ficar para o almoço.

Olivia cruzou os braços. Os Beckmamn-Griffin estavam com um roteiro de viagem que incluía Bora Bora, as Ilhas Caribenhas e, por fim, Lausanne, na Suíça.

— Infelizmente não podemos. Ainda temos duas horas de estrada pela frente.

Ela apoiou-se na lataria do carro alugado:

— Oli, obrigada por me receber aqui. Honestamente, nem senti essas quatro semanas passarem.

— Você foi louca o suficiente de aceitar, era o mínimo que eu poderia fazer — riu. — Também queria te agradecer por cumprir sua promessa.

— Promessa?

— De me dar a festa de casamento mais bonita que eu poderia imaginar.

— Oh! — um nó se formou em sua garganta ao ver os olhos de Olivia se encherem de lágrimas. — Então faça o favor de fazer meu trabalho valer a pena e não se divorciar de Mike pelos próximos seis meses.

Elas riram em sincronia e Jade estendeu sua mão para um adeus, mas Olivia ignorou o ato e enlaçou Thirlwall com seus braços:

— Se você sumir, eu apareço em San Diego apenas para socar sua cara. Você é parte da família agora, não faça como Edwards.

Olivia realmente considerava Jade, e ao logo daquele mês, decobriram ter muito mais em comum do que imaginavam. Um deles era a paixão pelo mundo do Direito, que mesmo Thirlwall admitindo não nascer para isso, era como um hobby. Em algumas noites, Olivia contava sobre os casos mais interessantes de sua carreira e via os olhos da outra brilharem.

Além disso, a conexão que Jade tinha com seu próprio trabalho era algo invejável. A empatia que teve com a história dos noivos era algo que, com certeza, fazia a mulher subir no conceito de Beckmamn. Não era como se ela estivesse lá apenas por obrigação, e a advogada era imensamente grata por isso.

— Oh, as mulheres da minha vida! — olhou por cima de seu ombro. O cabelo de Perrie partido ao meio conseguia deixar a loira ainda mais sexy. — Mike está com problemas para ligar os sprinklers. Juro por Deus, aquele homem pode pintar um quadro, mas não consegue ligar um irrigador de jardim!

— Meu marido tem prioridades estranhas em relação às capacidades...

Perrie balançou a cabeça e virou-se para a decoradora:

— Está pronta?


{...}

Jade estava visivelmente nervosa em relação ao que estava por vir. A verdade era que as duas estavam se atirando no escuro; sustentando uma história em pequenas verdades e arriscando um endereço antigo.

Enquanto acelerava pela Interestadual 70, Perrie pôs-se a pensar em tudo o que tinha acontecido até ali: Colocou fim ao seu noivado no mesmo dia em que encontrou cartas escritas em 1943, conheceu uma pessoa incrível que a fez esquecer seu ex-noivo e agora pegava a saída 28 em direção a Pittsburgh.

O caminho havia sido um tanto silencioso. A loira sabia que a mulher estava tensa e que preferia se perder em seus próprios pensamentos em vez de conversar, então vez ou outra tentava iniciar um assunto, mas não se incomodava com o jeito introvertido que Jade encontrara para encarar seu nervosismo.

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