17 - O Tempo

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O tempo passa brincando de pega-pega mas não consegue te levar, já é verão outra vez e você nunca deixou de iluminar, aquecer o coração desse poeta sonhador, do menino, seu amor.

As horas vão passando, tudo está no lugar, o amor, a amada, a vida largada desse cantador, os versos apaixonados, as estrelas o luar, você, o tudo que o tempo deixou pra eu cuidar.

Se tudo está escrito, predestinado, em algum lugar no tempo te encontrei, te perdi, amei, agora voltei pra no meu peito te guardar e se tudo está escrito é em mim que vai ficar.

Nas entrelinhas palavras não ditas, o tempo seguindo na sua marcha milenar, o poeta e seu amor entre as estrelas e o luar, bailam ao som da canção que virou flor e no amanhecer desabrochou.

O tempo, guardião das histórias de amor se curvou, se abriu, deu passagem pro amor que não conseguiu aprisionar, eu, você, uma história pra se contar, um amor além mar.

Eu aqui, você aí, o tempo a brincar, uma canção, um passo pra lá, dois pra cá e o amor bem juntinho, agarradinho daquele jeitinho feito tempero a nos misturar.

Eu, você e o tempo, sem pressa, as vezes na contramão, outras na mesma direção, entre risos e dor seguimos aprendendo as lições do amor e nessa viagem sem fim, eu em você, você em mim, somos assim.

Autor
Ademir de O. Lima

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