68 - A Procura

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Gritei, gritei!! Alguém me tire desse inferno meu, que me abrace forte, me leve pra algum céu por aí, me faça sorrir, me diga que o amor existe, e o meu está em algum lugar. Me diga que sim, por favor!!

Brinquei de amor, fingi, por vezes menti, o tempo passando e eu aqui brincando de amar, minha alma vazia, chora, tudo o que ela quer é viver um amor, que brote devagarinho, feito uma flor.

Me entreguei pra quem nunca amei, esqueci de mim, de tristeza me vesti, a esperança enterrei, meus sonhos deixei lá atrás. Amor, onde você está? Me escute!! Não demore por favor.

Amanhecendo e eu aqui a sonhar, daqui a pouco volto a fingir, brincar de amar, a vida seguindo, de ilusão me encharcando, acreditando que um dia, os céus irão me escutar. Vem amor!! Quero muito te amar.

Dói, vidas vazias de amor, o silêncio frio do desamor, a covardia a escorrer no olhar, o medo do escuro que virá, romper, me libertar, o único caminho que há. Amor, deixe tudo e vem me buscar.

Gritei, gritei!! Deus meu!! Me liberte, não me deixe agonizar, tudo que mais quero é um amor pra recomeçar. Por favor!! Não quero mais brincar de amar, mentir, o que mais espero é um grande amor pra mim.

Autor
Ademir de O. Lima

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