99 - Destinos

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A saudade bateu, lá vou eu, atropelando tudo, correndo pros braços seus. Saudade danada, não me dá sossêgo, me vira do avesso, não faça isso não, eu só quero o seu cheirinho pra acalmar meu coração.

Eu sem ela sou uma bolinha de sabão, largado ao vento, perdido na imensidão, sem saber pra onde ir, com um vazio no peito, feito criança assustada com medo da escuridão, sem ela, nunca não.

Finjo que não estou nem aí, mas se meus olhos não encontrarem os seus, já não sei quem sou, vai ser sempre assim, eu sou todo ela, a razão de todo meu amor, a menina que encantou meu coração.

Com ela aprendi a voar, sentir a liberdade feito vento minha alma tocar, foi ela que me ensinou amar, me levou além, vi as estrelas em seus olhos cintilar, seus lábios balbuciar; amor não demore, preciso do teu amor.

A saudade, esse vento suave me mostra por onde ir, abre as portas da paixão, o desejo de sempre por perto estar, o tamanho do nosso amor, a verdade de dois corações, o destino em nossas mãos.

Ela é terra, berço da semente que brota no meu coração, o sol que aquece, a alegria nos dias de verão, o abrigo pro meu corpo cansado, a saudade que me quer pulsando, explodindo de paixão.

Autor
Ademir De O. Lima

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