- Quem você acha que é para promover algum tipo de "desafio"? Não passas de um reles garoto, agora mesmo será minha refeição. - Dizia ela rindo, gargalhando horrores perante meu pedido, outrora doido, mas que poderia salvar minha vida...caso desse certo.
- Isso mesmo, um desafio, ou está com medo de perder para um reles humano como eu? Bem, se ganhar de mim, além do meu belo corpo, delicioso para se falar a verdade, ainda poderás ter o de mais dois... - Eu devo estar doido colocando meu melhor amigo e a pessoa que amo no meio dessa história, mas são as únicas estratégias que tenho neste exato momento, então vamos com tudo.
- Bem, despertou um leve interesse, diga mais...
- E se tu perder, além da vergonha terá a morte como companheira eterna no lago de fogo e enxofre (Uma referência à bíblia), e então, gostaria de aceitar o desafio? Temos m acordo?
Em questão de segundos, a atmosfera muda, agora estou novamente na sala do laboratório, com aquela pedra novamente em cima da minha escrivaninha, observo ela, e logo olho ao meu redor, parecia real, mas será que é mesmo?
- Você voltou ao seu mundo, mas nossa promessa está feita, em algum tempo você e seus amigos serão mandados para um mundo diferente de onde vives. - Diz ela, agora, materializada em uma jovem comum, não parecia alguém que eu conheça, então estava despreocupado. - Mas lembre-se, perdendo, seu corpo será exclusivamente meu, irei te comer da forma mais deliciosa possível.
Dizia ela, já que aquele papo de comer estava bem estranho, com as suas delicadas mãos sobre meu rosto, mas, dessa vez, algo impedia ela de realizar seus encantos sobre mim, o que fazia a mesma sentir um ódio extremo sobre a minha pessoa, sem eu ter feito nada. Em segundos, uma névoa aparece, e leva embora aquela mulher, deixando o local normal novamente, aproximo-me daquela pedra, uma espécie de joia, deixada ali por alguém, mas, quem, será que foi ela? Não pode nem ser, ou será que pode?
Sábado, 09:37 da manhã.
Isso está estranho, só se passaram cinco minutos desde o momento que eu estava preso por aquela ilusão até agora, parece que a lei da relatividade funciona em questão do horário em dimensões diferentes, estranho, mas, fazer o que, eu deveria contar isso para eles, será que eles irão acreditar? Bom, existe duas possibilidades, ou até mesmo três.
A primeira é de que eles acreditarão em mim, sem sombra de dúvidas irão acreditar em todas as palavras que eu disser, algo bastante improvável, como eu queria que isso acontecesse. Outra opção é de eles não acreditarem em nada que eu falar, e demonstrar de alguma forma que estou correto, pode ser até uma boa alternativa, o problema será apresentar as provas necessárias, e a últimas não menos importante, que é, além deles não acreditarem em mim, internarem a minha pessoa em um internato, então pode-se dizer que eu tenho poucas escolhas, a única coisa que me vem a cabeça é: Por que comigo?
Cá estou eu, sozinho em meu laboratório, em uma completa solidão de tudo e todos, com uma situação estritamente sigilosa em minhas mãos, pois havia colocado a vida de meu amigo e da pessoa que amo em perigo, eu deveria ter morrido mesmo, pelo menos eles estariam vivos. Iriam esquecer de mim rápido, nem tanto, mas seria breve, não faria diferença eu estar aqui ou não, não quero perder eles, são pessoas muito importantes, principalmente ela...
- Bem, querido diário, você é o único que me restou, faz nos que não escrevo nada em tu, até pegou um pouco de poeira, por onde devo começar?
E lá estava eu novamente, aprofundado em meu local favorito do mundo inteiro, depois, claro, da casa de Katerine, mas ali eu poderia ser quem realmente eu sou, aquele nerd que a maioria das pessoas não gostam, as vezes zombam, mas já me acostumei com isso, é a vida. Meus cabelos estavam totalmente bagunçados, nem tempo tive para me arrumar antes de sair de casa, falando nisso, quando eu saí de casa?
- O que houve?
Digo acordando em um susto repentino, olhava ao redor, estava surpreso, e ao mesmo tempo apavorado com aquela ideia de estar em meu quarto, já que poucos instantes atrás estava em em meu laboratório, então, tudo não passou de um mero sonho? Mas...foi tão real, e...eu não lembro de quase nada que aconteceu, apenas de uma mulher...um cara...e um desafio, que sonho mais bizarro.
Levanto-me da cama, ainda estava escuro, graças as cortinas que eu tinha colocado nas janelas de meu quarto, andarilho em direção à elas, e quando abro, está uma claridade absurdamente alta, o sol estava em seu ápice, mesmo ainda não sendo meio dia, sigo meus afazeres, indo em direção ao banheiro, e, sinceramente, meu quarto estava uma verdadeira bagunça, parecendo até que tinha acontecido um terremoto, juntamente com um furacão, e arrastado tudo para longe, mas a única coisa que eu fazia era ignorar. Ao chegar no toalete, ia até a pia, pegando minha escova de dentes, a pasta colgate, já que eu ainda sou pobre para poder comprar pastas mais sofisticadas, e começo a escovar meus dentes como se nada estivesse acontecendo, a não ser por uma coisa, quando olhava no espelho, parecia que via outra pessoa no meu lugar, aquele eu não parecia um eu autêntico, estava de alguma forma estranha, algo realmente havia acontecido, porque eu não lembro nem metade das coisas que fiz nos dias anteriores, para ser específico, não lembro de metade da minha vida aqui.
- Que desgraça está acontecendo aqui!?
Diria gritando, e realmente algo estava estranho, como que alguém acorda pela manhã, tendo um sonho estranho, e ao mesmo tempo não se lembrar de metade da sua vida? Deve haver uma lógica explicação para isso...
- Olá, Bruce.
Olho pelo espelho, percebendo uma pessoa que eu nunca tinha visto na minha vida antes, e estava ali no meu banheiro, olhando diretamente nos meus olhos.
- Espera, eu não te conheço? - Digo olhando-o firmemente, seus olhos, aqueles...seu corpo, aquele...eu realmente o tinha visto antes.
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Crônicas de Bruce.
AventureJá parou para pensar que pode existir um mundo pouco diferente do nosso? Talvez, e apenas assim, esses dois mundos nunca devessem estar juntos, mas, o que aconteceria caso um desses abrisse seu portão dimensional, podendo assim transpassar uns aos o...