O que acontece quando nossa vida chega ao zero absoluto? Talvez, nós morremos, ou, somos teleportados por espaços totalmente incertos e indiferente, que, talvez, e só assim, alcancemos a devida paz que tanto assim buscamos mas que, como simples humanos, nunca conseguimos, assim nos vivemos todos os dias da nossa vida, como folha seca que o vento leva, e que no fim nunca pode escolher para aonde quer ir, mas, e se, só um talvez, pudermos mudar, moldar e refazer nossas escolhas uma vez na vida? O que poderíamos fazer para que isso possa se tornar realidade? Como poderia um reles humanos, de constituição simples, ter tal poder?
Mudar o passado visando o futuro não só de si mesmo mas de todos ao seu redor? Não consegue, mudar o passado é como tentar ir ao espaço sem oxigênio reserva, é como se você quisesse entrar no oceano, afundar e conseguir sobreviver sem nenhum equipamento, praticamente impossível, eu disse: praticamente, pois eu, Bruce, tenho essa chance...De concertar meu próprio passado, aquele em que eu deveria ter morrido, pois assim apenas eu teria sofrido, e não uma...população mundial.
Com todos esses pensamentos sobrecarregados em minha mente, vivo, cada dia, humilhado por minhas próprias lembranças, essas tais que eu não mais quero, para que? Quanto mais lembro daquele fatídico dia, mais ainda desejo minha morte no lugar daquelas sete bilhões de almas, presas, vidas com futuros melhores que o meu, talvez pessoas com ideais de melhorar o planeta terra, mas que, com minha idiotice, pus um fim nele, sim, esse é um dos pecados que carrego em minha mente, meus amigos, professores, colegas de classe, todos...mortos, levados embora em sofrimento total, sem chance de revidar. Mas, agora, tenho a chance de recuperar todos eles, mesmo que, custe a minha vida, um pouco clichê isso, mas é assim que irei minha vida, para que eu possa mudar o passado de qualquer jeito, mesmo que digam ser impossível mudar algo que ia fora feito, mesmo que os maiores filósofos do universo tenham dito, é impossível, mas...nessa vida, nada é impossível para aquele que acredita.
- Mais uma vez...
Meu corpo estava já em uma posição de combate, estamos agora na área de treinamento de Paradox, país que fica na fronteira da floresta onde havia chegado, o extremo deste mundo, é daqui que partirei em minha aventura para poder derrotar o meu passado, aquilo que noite por noite atormenta-me, tornando-se um duro e cruel fardo que carrego sem ninguém perceber, é como se em minhas costas estivessem vários sacos de cimento, um amontoado ao outro, cerca de quinze sacos, tornando-se um fardo duro de carregar.
- Ainda posso aguentar...mais...
Minhas falam se tornam ofegantes a cada momento que passa, mesmo tendo melhorado minhas habilidades, mesmo assim, ainda não estou forte o suficiente. Durantes esses dias, minha aparência mudou um pouco, de um garoto magro, com aparência jovem, passei para uma aparência mais madura, um corpo mais forte e resistente, minha altura está entre os um e oitenta, então estou bem, ganhei certos músculos nos braços e pernas, graças aos treinamentos que recebi durante todos esses tempos, todos os dias treino magia e combate corpo-a-corpo, exaustante? Sim, mas, necessário? Absolutamente.
Meus braços erguem uma espada, de ferro, tamanho mediano, posso ter ganhado músculos, mas não sou um berseker, apenas um simples espadachim, com um imensurável poder dentro de mim, Silver, é tanto que várias de minhas habilidades proveio desse ser que me gratificou com sua grande força.
A cada defesa que aplico, qualquer ataque, tudo isso faz com que melhorias em meu nível seja feito. Da primeira vez que vislumbrei minha interface de atributos, espantei-me com a enumeração zero, mas, agora, me surpreendo com o número que vejo, vinte e nove, passou-se muito tempo mesmo, mas sem problemas, é necessário para que eu possa seguir para uma certa missão especial.
- Bruce?
Enquanto olho meu visor, escuto uma voz, suave, macia, que o vento tem o maior prazer de levar até meus ouvidos, como sendo uma melodia, quando tal chamado é feito, apenas giro meu corpo de forma simples, virando-me para trás, aquela imagem que agora possuo é de Leila, a garota que encontrei na oficina, agora ela é minha espadachim também, juntamente com outra garota, elas tornaram-se parte da minha equipe, não lembro como, nem quando pedi para elas fazerem isso, só sei que consegui, graças a Deus, caso eu ficasse sozinho, daria muitos problemas.
- Leila? Como vai? Estava treinando um pouco, já que partimos em viagem amanhã pela manhã. - Digo tais palavras olhando ela nos olhos.
- Bem, sem problemas, passei aqui só para te ver mesmo...e...
Antes mesmo que ela pudesse concluir o que dizia, uma forte presença toma conta daquela área de treinamento, forma intensa, já sabia quem poderia ser aquela leoa, Scarlet, a garota que encontrei quando estava perdido, ela me ajudou a chegar na oficina. Assim vejo ela, entrando pelo portão, seus olhos são de cor escarlate intensa, mostrando uma intensidade de poder subjugada através daqueles globos oculares, ela tinha a melhor percepção que existe, tendo em vista sua excelente mira, então, ela era praticamente a melhor em arco e flecha, como também nas armas de fogo, já que esse mundo é uma bagunça total.
Logo, enquanto elas conversam sobre os preparativos da viagem, meu corpo continua parado, mas, em instantes, minha mente, ou até mesmo alma, saem de meu corpo, parando em um lugar totalmente estranho, aparentava ser uma caverna, tendo um breu total como princípio, mas paredes, estavam desenhos muito estranhos, uma de minhas habilidades adquiridas fora rastreamento, com os olhos consigo ver descrições de certas coisas, e, aquilo me surpreende bastante, tais desenhos, desenhados nas paredes, são feitos de puro sangue, aquilo não era normal, o que poderia usar sangue para desenhar nas paredes? E eram muitas figuras, diferentes tamanhos, alguns em tamanho humano real, outras tomavam conta da parede inteira, todas elas apontavam para o fundo da cavernidade daquela montanha, surreal, pois sentia uma sensação estranha provinda de lá, como se algo pudesse despertar a qualquer momento, de repente, volto ao normal, meu corpo ainda estava lá na área de treinamento, mas, como? Escuto uma voz em minha mente, "sentiu isso? Melhor se preparar, nada de bom pode vir daquele lugar", essa voz é do Silver, o atual anjo que reside em meu corpo por vontade própria.
- Seja o que for, estaremos preparados.
As duas param de falar e olham para mim, com um pequeno sorriso no rosto, estou agora olhando para o céu, espada em mãos, olhos ardentes em chamas, ergo ela para o alto, enquanto a mesma brilha diante do por do sol que reina sobre os céus, mostrando sua beleza, dividindo a luz das sombras.
- Desculpa destino, mas eu farei minhas próprias regras.
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Crônicas de Bruce.
AdventureJá parou para pensar que pode existir um mundo pouco diferente do nosso? Talvez, e apenas assim, esses dois mundos nunca devessem estar juntos, mas, o que aconteceria caso um desses abrisse seu portão dimensional, podendo assim transpassar uns aos o...