Cap.: 12

5 1 0
                                    

Os dias estão passando rápidos demais, como um raio que corta os céus, foi assim que a morte chegou par aqueles agora falecidos, contemplam o mundo de uma forma totalmente diferente, apenas o horizonte permanece intacto, perante a face daquilo que não podemos ver, esses são os pensamentos que venho tendo desde que cheguei por essas bandas...qual será o destino que aguarda-me neste longo e finito horizonte, pela qual nunca sonhamos em chegar, ou apenas nunca tentamos conquistar, apenas o deixamos lá, sem nada a fazer, pensar, dizer, por que somos assim? Seres tão simples, poderíamos ser invencíveis, mas talvez essa seja a graça de ser um humano, falho, mas que procura carregar suas culpas, pelo menos eu me tornei assim, carrego a culpa, o pecado, aquilo que mais odiei em minha vida, e quase morte, deveria ter morrido? Sim, mas, não podemos voltar ao passado, e sim seguir em frente.

- Seguir em frente, né? Talvez eu deva fazer isso, ou será que desistir se torna uma opção?

- Então suas palavras serão vãs.

- De forma alguma, não posso as simplesmente jogar no chão, sujo e imundo da vida de perdedor, até onde sei, não gosto de perder...

- Então é dom? Não desistir, diante de tudo existe a fórmula para vencer na vida?

- Não, pior que nem existe, mas, lembro-me de uma música, um rap de um game, isso me motiva até hoje...

- E qual é?

Estava lá eu, um simples humano, oriundo de terras distantes, carregador dos pecados mais cruéis que alguém poderia ter, aqueles que dão calafrios em qualquer um que provasse da doce e suave guerra que travo sempre comigo mesmo, em todo momento que acordo, vem aquele pensamento, "você deve desistir logo, ou prefere morrer como todos? Perdedor.", essas palavras atormentam-me noite e dia, essa praga, gostaria de destruir esses pensamentos que me atormentam, mas não posso, difícil? Não, impossível.

- Vamos lá, lute!

Logo após as palavras de derrota, vem o tal do ânimo, provendo de dentro, sempre me levantando novamente quando estou quase caindo.

- Sei que você pode salvar a todos os humanos, mesmo que possas perecer par isso, novamente.

Meu corpo volta para aquela realidade, em que agora estou na frente de mais uma das cavernas mais tenebrosas que vislumbrei em minha vida, mas, desta vez, estou melhor equipado, uma espada, e conjunto de armaduras, pela qual ajudam-me na plena proteção, sendo treinado por um dos mais fortes arqueiros e espadachim da vila.

Flash Back/Real life.

Logo após lutar contra aquele denominado minotauro, prossigo caminhando na direção de onde o vento aponta, sendo guiado por um ancião da vila, que acabara de conhecer, tendo por nome Lardok, homem mais velho do local, dizem que ele esconde os mistérios mais profundos sobre aquele reino, coisas que nenhum ser jamais poderias descobrir, e caso ocorra, sua alma é transpassada por todos as regiões, indo parar em um local nunca antes visto por vivo algum. Mas enfim, ele me levara para uma pequena vila, chamada de Paradox, tendo esse nome por causa dos grandes portais dimensionais que nele há, desativados por séculos, tendo em vista que apenas um estava aberto, também tendo o caso que estava protegido por grandes feras, as chamadas quimeras, parece que todas as imaginações humanos aqui vivem e progridem, mas alguns em mundos diferentes.

Ao chegar em uma pequena casa, acabo que entrando nela, sentando em uma das cadeiras, onde parecia ser a sala de estar, observando o local, ainda estava com minhas roupas casuais, calça jeans preta, tênis preto, camisa preta, um grande conjunto gótico praticamente, meus cabelos, graças as mudanças de localidade, ficaram em coloração branca com fios dispersos pretos, grandemente parecido com as asas do anjo dentro de mim.

- Você tem um ser muito forte aí dentro, juntamente ao seu grande fardo, jovem garoto...

Diz o senhor de idade sentando na cadeira a minha frente, olhando fixamente dentro de meus olhos, aquilo parecia ter saído de algum filme totalmente bizarro e estranho, mas sigo como se fosse algo normal. Sua aparência se assemelha à um elfo, mas da mesma altura que um humano, orelhas menos pontudas, com aquelas roupas medievais dos grandes magos aposentados, juntamente a sua barba preta, bem feita, e seus cabelos pretos, lisos e penteados, curto, até que bastante elegante.

- Como já sabe sobre isso? - Digo indagando o mesmo refletindo seu olhar.

- Além de você demonstrar isso lá na floresta, acabou de me dizer, mas não se preocupe, guardo segredo.

Aquele senhor é uma pessoa bastante estranha, chegou do nada, e já sabe de tanta coisa minha, o que será ele? Além dos seus olhares aos meus, que parecem penetrar dentro da minha alma, a cada gole de chá que bebemos, sinto como se alguma coisa dentro de mim se mexesse, mas não parece normal, na verdade, nada por aqui parece normal, uma casa simples, podemos retratar como aquelas casas antigas medievais, com uma pequena mesa, flores, algumas armas espalhadas pelas paredes, mas, tem uma grande diferença, essas armas parecem misturar o antigo com moderno, espadas que juntam armas de fogo e lâminas, algo realmente surreal, parece uma junção de games, mas parece legal.

- Você deseja treinar, certo? Sei dos seus feitos, ou do que deverá fazer, mas, até lá, deve-se preparar para todo tipo de aventura e destino que tomarás. Claro, não vou te dar armas, aqui não é nenhum centro de doação para aventureiros. - Dizia ele, e eu com cara de triste, na maioria dos games que joguei, sempre ganhava uma arma inicial, espada, pistola, ou qualquer outro derivado.

- Nadinha?

- Nada. Apenas as instruções de quem irá te treinar, e aonde conseguir dinheiro, aqui não é igual aos seus games, que você consegue ouro ao matar criaturas, e ganha armas do nada, trabalhe se quiser isso.

- Isso é o fim.

(Risos) - Não me diga que desiste fácil? Vamos lá, não é algo difícil, ajude as pessoas, carregue pacotes, trabalhe, ganhe e compre. Só não esqueça de treinar, você terá tempo para isso, mas, agora, melhor descansar um pouco, vai precisar para o que virá após.

A risada daquele velho parecia me tirar do sério, já estava despertando o possível pior de mim, aquele que larga tudo que gosta para fazer o impossível e ganhar o que chamam de competição, claro, aqui não tenho vida extra. Sigo para o quarto indicado por ele, sendo o final daquele corredor, logo de cara já era possível vislumbrar a porta de madeira daquele quarto, estranha, com a gravura de um sol e lua ao mesmo tempo.

- Esse símbolo pode significar eu.

- Não fale besteira...ainda não decidi seu nome, por enquanto é Black mesmo.

- Black? Para um anjo caído parece perfeito, mas para a outra metade isso parece um ofensa, só não esqueça de treinar, o velho disse, mas parece que o já vi antes, em algum lugar...

- Já está ficando velho? Tão jovem. - Digo de um modo sarcástico, fechando a porta e deitando na cama, o teto era de vidro, podendo ver aquele lindo céu estrelado. - Quem está aí?

Fora repentino, em um momento eu estava deitado na cama, em outro já flutuava em meio ao que parecia um círculo de chamas azuis...

- O que está acontecendo?

- Bem, você chegou antes do previsto garoto, parece que gostas de entrar em ilusões, besta.

Crônicas de Bruce.Onde histórias criam vida. Descubra agora