Panic

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 Tempos difíceis virão, e eu nem estou falando do Bozonaro

Lauren Pov

— Nós vamos cair Camila. – Eu repetia pela terceira vez.
— Claro que não, pare de ser medrosa Laur.
— Lembra daquela vez que você caiu sozinha da rede?
— Puff! Isso foi um caso isolado. – Ela respondeu dando de ombros. 
— Sei...

Estamos deitadas na rede nos fundos da casa de Camila, ela fica balançando de um lado para o outro, já me causando enjoo. O calor de Miami está castigando hoje, eu queria estar dentro do quarto, com o ar ligado tirando toda roupa, mas Camila queria sentir o vento, sendo que nem está ventando! 

— Argh, pare quieta um pouco, vem aqui me beijar vem. – Entrelacei nossas pernas tentando parar o seu vai e vem da rede. Ela ficou rindo se esquivando dos meus lábios.
— O dia está tão lindo, não entendo seu mau humor.
— Está muito quente baby, queria estar lá dentro, aproveitando melhor com você. Estou com saudades...

Minha mão foi descendo de seu rosto até sua barriga, deixando claro minhas intenções.

— Sabe onde eu queria estar? – Ela me perguntou com a voz arrastada enquanto mordia os lábios. Senti até uma pontada.
— Onde?  – Perguntei cheia de expectativa, louca para agarrá-la ali mesmo.

— Na praia! – Ela respondeu divertida. Ela adora me provocar mesmo!
— Ah eu também! Qualquer coisa para tentar diminuir esse calor que estou sentindo.
— Sei bem o calor que você está sentindo... Lembra de quando nós fomos à praia bem no dia dos namorados?
— Claro que sim, foi muito divertido ver os caldos que você levou. – Dei risada lembrando da cena, Sinuhe e eu tentando ajudar Camila a levantar da areia.

— Ouch! Doeu Camz. – Fiz beicinho passando a mão no meu braço, onde ela deu um leve tapa.
— Eu sei no que você estava pensando! – Ela começou a assoprar onde estava vermelho e dar beijinhos. — Infelizmente não podemos sair juntas.

Camila disse tristinha. Eu não sabia o que responder, realmente nós não podíamos sair juntas porque corríamos o risco de alguém ver. Por mim eu chutava tudo pro ar, pegava na mão dela e assumia tudo, mas Camila não demonstra o mesmo interesse. Ela ficou quietinha pensativa, já não balançava mais a rede, me levantei depositando um beijo em sua testa. 

— Já volto. – Respondi.

Ela assentiu me dando um sorriso fraco. Fui até a cozinha beber água e levar um copo para Camila, todos haviam saído, deixando um completo silêncio na casa. Fiquei batucando meus dedos no balcão, pensando em como animá-la um pouquinho, quando olhei para o jardim, tive uma brilhante ideia. Peguei a mangueira e abri o registro de água.

— Camila vem aqui. – Gritei esperando que ela viesse.

— Nããão.

Ela respondeu me fazendo revirar os olhos, pura preguiça. Espiei o que Camila estava fazendo, e ela estava deitadona na rede, com a cabeça para fora, arrastando os longos cabelos no chão. Essa garota pede pra cair.

— Por favor Camz, eu me cortei! – Pedi com a voz manhosa, e logo vi sua silhueta correndo em minha direção. Só assim para essa garota levantar! Abri a mangueira e contei até 3.

1... 2 ... 3!

Assim que ela se aproximou, eu mandei o jato de água nela. Camila soltou um grito assustada, e eu continuei molhando seu corpo, ela tentava se esquivar da água. Começou a rir, com aquela risada gostosa, o melhor som do mundo. Ok tem outros que eu também gosto... 

A OUTRA FACE DA LUA - CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora