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Arizona Robbins

***

— Você ainda está aqui? – murmurei ainda de olhos fechados sentindo Tom, o cara que transei na noite anterior, se mexer na cama. – Já passou da hora de você ir embora.

Ele se mexeu mais um pouco mas se levantou juntando as suas roupas do chão e rapidamente vestindo. Ouvi a porta do quarto abrir e fechar indicando que ele havia saído e eu poderia voltar a dormir, se não fosse a voz de Callie claramente irritada gritando, detalhe, ela nunca fica irritada. Com nada e nem ninguém.

— Que porra... – abri a porta de uma vez, minha voz morreu no meio da frase quando encontrei Tom pressionando Callie na parede, suas mãos desciam pelo corpo dela, e sua boca grudada no pescoço pálido da minha garota, aquele corpo que eu sonhava em tocar praticamente todas as horas de todos os dias.

— Por favor, manda ele me soltar. – ela pediu baixo, suspirando e fechando os olhos em seguida quando a mão nojenta de Tom alcançou seu seio direito, eu quase vomitei de nojo por ter passado a noite com alguém como ele.

Eu estava incomodada e em partes sabia o motivo, não queria ver ninguém tocando Callie da mesma forma que eu já havia tocado e queria tocar novamente, ela repetiu mais algumas vezes pra eu fazer alguma coisa, e eu, dominada pela raiva, avancei encima dele dando tapas e socos. Em um impulso acabei empurrando ele escada a baixo. Quem ele pensava que era pra ficar de gracinha tocando na minha garota?

— Você não ouviu quando ela pediu pra você solta-la? – gritei descendo as escadas lentamente, ele gemeu de dor com a mão na cabeça. Aparentemente e infelizmente ele estava bem.

— Louca! Qual é o seu problema? – ele resmungou.

— Eu que te pergunto, você é idiota ou é imbecil? Ah, acho que os dois. Some da minha casa, agora!

Tom não falou mais nada, balançou a cabeça negativamente e se levantou ainda cambaleando, assisti ele caminhar até a porta de saída e passar pela porta. Respirei fundo antes de levantar meu olhar até Callie, ela me encarava e eu via que ela tentava parecer brava, mas ela era tão doce e sutil, que eu nem me abalava com aquele olhar de maldade.

— Eu fui assediada dentro da minha própria casa! Isso foi o ápice da sua falta de noção. – sua voz doce soava fria e eu só pensava o quão atraente ela ficava tentando bancar a durona pra cima de mim. – Eu te agradeceria se parasse de trazer esses velhos nojentos pra cá. Eu não dou a mínima se você quer colocar chifre no meu pai, aliás eu sei que ele coloca o dobro em você, mas por favor, vai transar com esses caras longe da minha casa.

Eu sorri internamente, ela ficava ainda mais linda brava. Óbvio que por fora eu permanecia com aquele olhar frio e a cara de estar pouco se importando com o que ela dizia. Callie virou de costas e seguiu andando até seu quarto visto que eu não iria discutir com ela. Tive tempo de acompanhar a bunda dela sumir dentro do quarto, era definitivamente uma das coisas eu amava nela, a bunda.

— Meu Deus garota! Você é de outro planeta. - sussurrei entrando no meu quarto.

Lembranças daquela noite invadiram a minha mente, a noite em que transamos no banheiro de um bar qualquer em Seattle. Me sentei a cama respirando fundo, fechando os olhos e me deixando recordar de cada detalhe que havia acontecido aquele dia.

flash back on

"Hoje o dia foi cheio, eu estava cansada e só precisava de uma boa dose de álcool pra relaxar, logo após o término do meu expediente segui em direção ao primeiro bar que encontrei.

Querida madrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora