Arizona Robbins
O fim de semana passou rápido demais, no sábado eu consegui dar um perdido em Eduardo e ir dormir com Callie. Ele estava sonolento e apenas concordou quando eu disse que iria ajudá-la em um trabalho da faculdade. No domingo tivemos um almoço em família, a todo tempo Eduardo tentava alfinetar nós duas dizendo o quanto ficaria feliz se deixássemos a rivalidade de lado e começássemos a nos dar um pouco melhor. Cansada de ouvir a mesma coisa todos os dias eu acabei concordando com ele e dizendo que tentaria me aproximar dela. Não fazia ideia de onde ele queria chegar com isso, nos colocando tão perto uma da outra, passava pela minha cabeça mil coisas; que ele estava jogando verde pra colher maduro e acabar descobrindo nossa relação mas eu também cogitava a idéia que ele estivesse apenas querendo que Callie tivesse uma madrasta que não a odiasse.
Lá pelas onze da manhã de segunda feira eu tive a brilhante ideia de fazer uma surpresa pra minha garota e ir buscá-la na faculdade depois levá-la para um almoço. E era por esse motivo que eu estava escorada no carro em frente ao portão de saída naquele sol de meio dia. Deslizei meu óculos escuros que estava na cabeça até meu rosto e ouvi o sinal tocar indicando que as aulas haviam acabado. Foi questão de segundos para o portão abrir e os alunos começarem a sair.
Eu estava um pouco nervosa por não saber se Callie ficaria feliz em me ver ali, do nada, querendo levá-la a um encontro; por esse motivo cruzei os braços e comecei bater o pé no chão, era um tique nervoso que eu tinha e quase impossível de controlar. Eu prestava atenção em cada pessoa que saia dali, até que meus olhos pousaram na garota sorridente andando no meio de algumas meninas, eu quase deixei escapar um sorriso, daqueles bem grandes de orelha a orelha, mas me controlei e continuei com a minha pose séria e prepotente.
Callie ainda não havia me visto e continuava brincando com as amigas enquanto atravessava a rua, em uma questão de segundos um carro surgiu em alta velocidade e tudo a minha volta parecia estar em câmera lenta.
O carro buzinando, as pessoas gritando e uma das amigas de Callie agarrando-a e correndo rapidamente antes do carro acerta-la em cheio. Elas caíram no chão e rolaram algumas vezes pelo asfalto, o motorista saiu do carro com as mãos na cabeça, preocupado e apavorado com o que tinha acabado de acontecer e eu corri até elas.
— Calliope! – chamei chegando perto dela e me abaixando para verificar o estado dela – Você quer me matar ou o que? – perguntei vendo que ela estava tentando se levantar.
— Arizona?
Ela levantou a cabeça pra me encarar, estava um pouco assustada mas não deixou de abrir um sorriso meigo. A testa dela sangrava e tinha alguns muitos ralados nos braços. A calça dela acabou rasgando no joelho e mostrando mais um arranhão começando a escorrer sangue, ela foi rápida em colocar a mão encima impedindo que o sangue sujasse a calça.
— Preciso ir a enfermaria. – ela avisou tentando se mover e fazendo uma careta de dor, passei meu braço pela cintura dela e a levantei.
A amiga dela não estava machucava, havia ganhado apenas um arranhão na testa e um em cada cotovelo mas garantiu que estava tudo bem e não precisava fazer curativo. O jovem motorista pediu um milhão de desculpas e disse que estava com problema nos freios do carro, eu estava pronta para dar uma resposta malcriada quando Callie me olhou com reprovação e disse ao moço que não havia problema, era culpa dela que não tinha olhado para atravessar. Depois de trinta minutos na enfermaria do colégio limpando e fazendo curativo em cada um dos machucados, fomos liberadas e seguimos até o carro, eu como uma bela sapatão querendo impressionar uma menina pela primeira vez, abri a porta do carro pra ela entrar. Dei a volta revirando os olhos e me perguntando se aquilo havia sido uma coisa idiota mas vendo a carinha de Callie, toda encantada eu acabei sorrindo.
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Querida madrasta
FanfictionOnde Callie transa com uma garota que acabou de conhecer em um bar e na manhã seguinte descobre que ela é filha do seu noivo. +18