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Callie Torres

Arizona não queria muito conversar comigo mas, mesmo assim eu insisti para que me deixasse explicar o que havia acontecido; eu não sabia ao certo como explicar o porquê havia sido grossa e ignorante com ela, não tinha motivo, eu só não gostei da forma como ela estava mandando em mim sendo que ela nem era minha mãe.

— Nunca mais eu tento aliviar sua barra, porque eu te protejo e você só me trata com mal! – ela falou amarrando o roupão e se sentando na cama.

— Me desculpa, Ari! Eu fui muito idiota aquele dia.

— Eu devia ter deixado seu pai ir te buscar no meio daquele monte de adolescente classe média alta com a cara branca de tanto cheirar pó. Acho que você preferiria que ele tivesse ido e te feito passar vergonha do que ter conversado comigo.

— Quantas vezes eu vou precisar pedir desculpas? Peço até um milhão de vezes se isso for adiantar alguma coisa.

— Não vai adiantar porque você ainda é uma garota mimada.

— Então vamos deixar isso pra lá, Ari. Eu te prometo que vou ser melhor, que não vou te tratar mal quando você tentar me proteger.

— As coisas não se resolvem assim, Calliope. Você acha que vai pedir desculpas e simplesmente vai tudo desaparecer?

— É por isso que estamos conversando, porque eu quero resolver e não, fazer desaparecer. – suspirei me sentando na cama de lado e ficando de frente pra ela, ela ainda estava séria e esperava que eu continuasse. – Mas eu preciso que você seja um pouco menos dura comigo.

— Alguém tem que ser, já que seu pai passa a mão na sua cabeça e acha lindo toda a merda que você faz. – cruzou os braços me olhando com a sobrancelha arqueada. – Eu acho que isso não vai dar certo. – ela apontou pra nós duas bufando.

— Porque não daria?

— Somos completamente diferentes.

— Qual é, Ari?! Eu errei, todo mundo erra. Essa foi a primeira vez em anos que eu errei com você. Não pode me dar uma segunda chance?

— Acho melhor acabar com o que temos e cada uma seguir com a sua vida. – Arizona olhou pra um ponto fixo do quarto e ficou por um bom tempo sem olhar pra mim.

— Eu preciso de você, meu amor.

Eu definitivamente não estava entendendo aquela atitude repentina; pensei que fosse apenas uma briga idiota mas parece que ela estava levando a sério demais.

— Então você vai terminar comigo? Na primeira briga que tivemos? Eu pensei que você tivesse dito que não iria desistir de nós tão fácil. – senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha e tratei de limpar logo em seguida.

— Eu disse mas, eu... Mudei de ideia, eu não estou disposta a correr todo esse risco... – eu a interrompi.

— Por causa de uma garota mimada, é assim que você fala, não é?

— Exatamente. – falou baixo levantando o rosto provavelmente tentando controlar as lágrimas já que os olhos dela ficaram vermelhos.

Querida madrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora