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Arizona Robbins

Eduardo já havia ido dormir quando eu mandei mensagem pra Callie. Foi difícil acalma-lo já que ele queria ir onde ela estava pra ter certeza de que ela não estava fazendo nada de errado, diferente dele, eu acreditava em Callie e por isso insisti pra ele ficar calmo e descansar; mas eu estava puta até demais com Callie e o jeito que ela falou com toda aquela arrogância e prepotência.

Me sentei no sofá da sala a espera dela, olhava no relógio a cada minuto pra ter certeza que ela ainda tinha tempo de chegar antes de eu ir buscá-la. Eu sabia que ela não iria escolher a segunda opção. A porta bateu e Callie entrou bufando, claramente irritada comigo, só não estava mais irritada do que eu com ela.

— O que que foi, Arizona? – ela perguntou andando até o sofá que eu estava. – Cadê meu pai?

— Ele está dormindo, minha conversa com você é particular. – me levantei fechando o roby de cetim no meu corpo. – Senta aí. – mandei.

— Eu não. – levantou o queixo, ela sabia ser bem cabeça dura quando queria.

— Não estou pedindo. Senta aí, agora. – mandei mais uma vez olhando nos olhos dela e provavelmente ela sentiu toda a raiva explodindo dentro de mim.

Ela resmungou baixinho e se sentou cruzando os braços na altura do peito com um bico enorme nos lábios.

— Você não é a minha mãe, sabia? Pra ficar mandado em mim desse jeito!

— Sei que não sou e não me importo nem um pouco com isso. Você não acha que está sendo filha da puta o bastante com seu pai?

— Só eu?

— Não, mas estou falando de você. Callie, o que tá acontecendo com você? Você nunca foi de explodir assim tão fácil e agora aparece sem um pingo de paciência.

— Isso é culpa sua! Culpa de vocês dois, eu fico irritada quando vocês dois estão juntos.

— Pensei que já tivéssemos conversado sobre isso.

— Não conversamos. Eu disse que ficaria de boa com a situação mas vocês dois estão... Eu não sei. – ela se levantou rapidamente e começou a andar até as escadas. – Já estou em casa como você queria. Agora me deixe em paz.

— Volta aqui, Calliope!

Ela me ignorou, é claro que ela me ignorou. Comecei andar rápido atrás dela e quando a alcancei segurei seu braço fazendo-a parar.

— Ainda não terminamos.

— Acho que terminamos sim. – puxou o braço pra si e continuou subindo.

— Está sendo impossível manter uma conversa com você! Volta aqui.

— Que bom, porque, eu não estou nem um pouco afim de conversar com você. – parou no meio da escada e me encarou, talvez ela esperasse que eu subisse e falasse alguma coisa mas minha cara falava por si só, eu não iria atrás de uma garota mimada que não mede as palavras para falar com os outros. – E eu não preciso que me diga o que fazer e o que não fazer. – ela resmungou voltando a subir. – Vai cuidar da sua vida e da vida do seu maridinho.

Querida madrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora