ೃ✧ Capítulo 1 ೃ✧

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Tudo começou ano passado. Foi no primeiro dia de aula, e como em todos os dias comuns eu estava atrasada porquê tinha dormido demais.

Eu fiz a minha rotina da manhã e desci para tomar café, minha família estava reunida. Meu pai, minha madrasta e a filha dela.

Eu nunca me dei bem com nenhuma das duas, e nesse dia não foi diferente.

– Bom dia pai – Disse me sentando na cadeira ao seu lado.

– Bom dia filha, animada para ir a escola?

– Para falar a verdade não – Peguei a torrada que estava em um prato na minha frente – A escola é tóxica e cheia de gente chata, minhas férias fazendo nada estavam melhores.

– Que isso filha? Não está animada para rever seus amigos? Conhecer gente nova, talvez um garoto...

– Saí fora pai. E não, não estou animada para ver meus amigos, eu vi o Archie e a Verônica as férias inteira e também segurei vela deles nesse período. Vai por mim eu não senti falta disso.

– Tudo bem, mas agora é o segundo ano, professores diferentes talvez gente diferente.

– Sabe o que seria legal pai?

– O que? – Ele perguntou animado.

– Seria legal você nunca ter se casado com essa bruxa impostora que você chama de esposa.

– OLHA O JEITO QUE VOCÊ FALA COMIGO GAROTA – Minha madrasta gritou levantando da mesa e vindo em minha direção.

– Ou se não o que? Você vai me bater? Vai me colocar pra fora da MINHA casa? – Levantei da cadeira e fiquei encarando-a com um olhar de ódio.

Betty filha, senta e se acalma. Joyce amor, se acalma também, ela é uma adolescente.

Minha madrasta ouviu o conselho do meu pai e se sentou na cadeira ao lado da filha dela.

– Pelo amor de Deus Betty, você parece um animal, não sabe se portar e não sabe respeitar um café da manhã em família. Sua mãe não te deu educação não? – Minha meia irmã, April, me atacou.

A vadia tocou no nome da minha mãe, ela sabe que isso é a coisa que mais me machuca na vida, mas eu não vou deixa-la ter esse controle. 

– Não, ela estava ocupada morrendo – Meu pai me olhou incrédulo – Mas parece que a sua mãe também não te deu educação, e diferente da minha ela está viva.

Acho que eu exagerei um pouco, mas ela mereceu.

– Betty chega, termina de comer e as duas vão para o carro. Não quero que ninguém se atrase.

Eu deixei meu pai magoado e de todas as pessoas ele é a que eu menos quero magoar.

Comi e fui para carro, um silêncio perturbador estava tomando conta do ambiente enquanto esperávamos a April chegar no carro.

– Desculpa pai, eu sei que te machuca muito quando eu falo no nome da mamãe.

– Tudo bem Betty eu só...

– Eu te deixei chateado e estraguei seu dia, foi uma brincadeira de mal gosto e não deveria ter feito aquilo. Sinto muito de verdade. Eu só não suporto essas duas.

– Betty eu te amo mais que tudo que eu já amei na minha vida. E a única coisa que eu amava igual eu amo você era a sua mãe e dói muito quando falam o nome dela e eu lembro que ela não está aqui, nem pra mim e nem pra você. Mas eu amo a Joyce também, e agora ela é minha esposa e ela preenche o vazio que eu sinto em relação a sua mãe.

𝘗𝘰𝘳 𝘈𝘤𝘢𝘴𝘰 彡 𝘣𝘶𝘨𝘩𝘦𝘢𝘥 Onde histórias criam vida. Descubra agora