São Francisco, 6 anos depois.
BETTY
Eu já estava atrasa para minha conferência, hoje eu decido o meu futuro.
Estou trabalhando em uma empresa de arquitetura, eu desenvolvi um projeto de um prédio que pode me subir de cargo.
Pego meu computador, meu café e o banner.
– Amor, eu já estou indo, você leva o Ben para a escola? Eu deixei o almoço dele na geladeira, não esquece de colocar na mochila.
– Está bem, boa sorte amor – Chris me deu um beijo.
– Obrigado, te vejo na hora do almoço, nós vamos almoçar com a Sophie e o Liam, não esquece.
– Não vou esquecer, te amo.
– Também te amo.
Coloquei tudo que estava na minha mão dentro do carro e fui para a conferência, mal consegui dormir a noite com a ansiedade, esse é o meu quarto copo de café e ainda são 9AM.
Cheguei na empresa fui para a sala de apresentação, montei o banner e coloquei o pen drive no computador para a apresentação de slides. Os diretores da empresa foram chegando e sentando na mesa.
– Podemos começar?
– Ainda falta o advogado para revisar o contrato caso o projeto seja aprovado.
– Tudo bem, vamos esperar então.
Eu estava com vontade de vomitar, minhas mãos estavam tremendo, minha barriga doía e eu estava suando.
Fui procurar os papéis na minha bolsa caso eu esquecesse alguma coisa do discurso.
– Cheguei, me desculpem o atraso.
Aquela voz...
Olhei para trás e vi Jughead, com um terno perto e uma gravata azul marinho, ele estava lindo, meu corpo começou a tremer e eu congelei.
– Pode começar senhorita Cooper.
Jughead olhava para mim, ele parecia frio, seu olhar estava profundo e cheio de sentimentos, sentimentos que ele não queria demonstrar e eu tenho certeza que não iria.
Comecei a apresentação com dificuldade, eu não podia perder a oportunidade de dar um futuro melhor para mim e para o meu filho.
Acabei a apresentação e todos começaram a bater palmas, eles pareciam satisfeitos.
– Agora os membros da diretoria vão votar e ver se o projeto vai ser aprovado ou não, quem não é membro da diretoria por favor, se retire. Teremos o resultado as 14PM.
Fui até o restaurante, ainda faltava 1 hora para o almoço começar, mas liguei para a Sophie e ela disse que podia aparecer antes.
– Oi amiga, como foi a reunião?
– Foi boa, acho que ela gostaram muito.
– E por que você ainda está nervosa desse jeito?
Um nó se fez na minha garganta, a Sophie sabe de tudo, ela pode me ajudar com isso, mas mesmo assim muito difícil falar.
– O Jughead está aqui. Ele é um dos advogados que vai fazer o contrato se o projeto for aprovado.
– O Jughead...
– Esse mesmo.
– E o que você vai fazer?
– Eu não sei, eu preciso pensar em alguma coisa, eu estou completamente perdida.
– Eu acho que essa história já foi longe de mais Betty, ele merece saber a verdade, a sua desculpa sempre foi que você não tinha contanto com ele, agora você tem e precisa contar.
– Eu não consigo Sophie, como vou chegar nele e dizer tudo?
– Não vai ser fácil, mas isso não muda o fato de que ele precisa saber.
– Ele vai me odiar.
– Talvez ele já te odeie.
– Eu não posso chegar nele e dizer: "então Jughead, lembra aquela vez que a gente transou sem camisinha? Eu fiquei grávida! Parabéns você é pai de um menino lindo" – Eu falei em um tom sarcástico.
– Betty, você vai ter que falar, vai ser melhor assim talvez vocês entrem em um acordo.
– Eu ainda nem contei para o Chris, eu não sei se ele vai concordar com isso, o Ben também é filho dele.
– O Jughead não é pai do Ben porque você não permitiu. E eu tenho certeza que o Chris vai concordar, ele te ama. O Liam me contou que ele vai te pedir em casamento, mas finge que eu não disse nada, porque eu falei para o Liam que não ia te contar.
– Ele quer casar comigo? – Minha garganta se fechou novamente – Eu tenho que acordar, esse dia só pode estar sendo um pesadelo.
– Qual é Betty, vocês moram juntos e criam o Ben juntos, vocês já são praticamente casados.
– Você tem razão. Mas agora minha prioridade é resolver tudo com o Jughead, acho que essa história já foi longe demais, eu preciso contar para ele. Ele é advogado Sophie, eu tenho medo dele tirar o Ben de mim.
– Ele não vai fazer isso Betty, acho que ele não teria coragem.
[...]
Depois do almoçou eu voltei para a empresa, precisava saber o resultado da votação e precisava falar com o Jughead.
– Muito bem. Tivemos 5 votos contra 3, e com isso nos decidimos que nós vamos sim utilizar o projeto da senhorita Cooper, nós achamos que ele vai modernizar a empresa. Parabéns senhorita Cooper.
– Obrigada.
Alguns funcionários vieram me cumprimentar por fim ficamos eu, o dono da empresa e o advogado dele na sala.
– Meu advogado vai fazer o contrato do projeto e o seu contrato aqui na empresa. Ele vai pegar alguns dados seus caso precise entrar em contato com você. Parabéns Elizabeth, eu adorei o projeto.
– Obrigado senhor Dhamer.
O dono na empresa saiu da sala e ficamos só eu e Jughead, o mesmo nervosismo de mais cedo veio à tona, eu não poderia contar assim, eu não consigo contar... Eu odeio essa sensação.
– Como a Veronica e o Archie estão? Tem bastante tempo que eu não falo com eles.
– Betty, está tudo bem, você não precisa fingir que se importa, eu não ligo se você se importa ou não, vamos terminar logo isso, eu preciso fazer o contrato.
Ele foi ríspido, eu não esperava menos, deixei ele por Skype e ainda falei muita coisa que ele não merecia ouvir no Dia de Ação de Graças, ele deve me odiar por isso.
– Do que você precisa?
– Do seu e-mail, vou te mandar tudo por lá. Nós nem precisamos nos ver.
– Jughead, nós precisamos conversar.
– Eu não tenho nada para conversar com você Betty, achei que você já tinha seguido sua vida. Me deixar foi a melhor coisa que você fez eu estava cego, eu estava disposto a largar tudo por você porque eu achava que você me amava, eu desisti do meu sonho por você e você me deixou por uma vídeo chamada. Agora se você puder por favor colocar a droga do seu e-mail aqui eu vou agradecer.
Anotei meu e-mail no papel e entreguei para ele.
– Obrigado.
Ele pegou a pasta e estava saindo da sala.
– A gente teve um filho Jughead.
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𝘗𝘰𝘳 𝘈𝘤𝘢𝘴𝘰 彡 𝘣𝘶𝘨𝘩𝘦𝘢𝘥
Romance𝚘𝚗𝚍𝚎 𝚋𝚎𝚝𝚝𝚢 𝚝𝚎𝚖 𝚍𝚎𝚣𝚎𝚜𝚜𝚎𝚒𝚜 𝚊𝚗𝚘𝚜 𝚎 𝚜𝚞𝚊 𝚟𝚒𝚍𝚊 𝚎𝚜𝚝á 𝚍𝚎 𝚌𝚊𝚋𝚎ç𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚋𝚊𝚒𝚡𝚘