𝘗𝘰𝘳 𝘈𝘤𝘢𝘴𝘰 彡 𝘣𝘶𝘨𝘩𝘦𝘢𝘥

ೃ✧ Capítulo 26 ೃ✧

BETTY

Dois dias, eu só tenho mais dois dias com meus amigos aqui em Riverdale. Vai doer muito deixar o todos aqui, mas segundo meu pai será melhor para mim, me afastar da cidade e das fofocas sobre o Nicollas.

O assunto nunca mais foi tocado, a maioria das pessoas aceitaram que foi tudo um acidente e que foi tudo culpa do Jughead, eu ainda me sinto culpada. Eu fiz para defender o Jughead e com certeza eu faria novamente, mas eu tirei a vida dele eu tirei dele a oportunidade de tentar ser uma pessoa melhor, ou de ter filhos e uma família.

Hoje eu e Jughead vamos ao parque com nossos amigos.

Fiquei dez minutos olhando para o guarda-roupas procurando algo para vestir, mas nada parecia bom. Resolvi vestir minha blusa dos beatles, uma saia preta e calcei um all star preto. Fiz uma maquiagem simples, passei um pouco de base, pó compacto, dei um jeito na sobrancelha e fiz um delineado verde.

Ouvi o barulho de um carro chegando na porta e olhei na janela para ver se era o Jughead, mas não era, não me importei muito e continuei me arrumando.

JUGHEAD

Faltam poucos dias para a Betty ir embora e eu estou tentando aproveitar o máximo possível com ela, assim como nossos amigos que estão fazendo o mesmo.

Antes de ir na casa da Betty, passei na casa da Verônica e do Archie e no carro nós estávamos preparando uma festa de despedida para ela.

– Pode ser na minha casa, mas chamem só quem for mais próximo da Betty – Verônica falou.

– Eu levo a bebida e no parque a gente combina com o resto do pessoal.

– Vai ser melhor. Betty não pode desconfiar de nada.

Após alguns minutos nós já estávamos no parque, ficamos em um lugar estratégico para encontrar Cheryl a Toni e o Kevin.

Assim que eles chegaram nós começamos a comparar as fichas e fomos para o brinquedo. Eu insisti para a Betty ir na montanha russa comigo, mas ela odeia então foi bem difícil convencer ela, mas como eu sou irresistível ela acabou cedendo.

– Eu odeio montanha russa, eu estou morrendo de medo Jug.

– Relaxa, eu vou estar lá com você, se a gente morrer pelo menos vamos morrer juntos.

– Não – Ela parou de andar – Eu não quero mais ir.

– Qual é Bets, não vai acontecer nada.

– Tem outros brinquedos que a gente pode ir.

Eu cheguei mais perto dela e colei nossos corpos, coloquei uma mecha de cabelo dela para trás e disse:

– Eu não quero ir em outros brinquedos esse é o melhor, e outra, não tem nada de perigoso, eu vou estar com você o tempo todo.

Ela olhou para mim meio confusa, parecia que estava de perguntando se iria ou não, eu achei que tinha convencido ela, mas ela desviou o olhar e negou.

– Qualquer coisa menos isso, eu faço o que você quiser.

Ela sorriu com malícia, mas eu não vou cair no joguinho dela, mesmo que seja tentador.

– Boa tentativa, mas você me prometeu, vamos.

Ela resmungou, mas acabou cedendo.

Eu e a Betty entramos no carrinho da montanha russa e eu amei tudo, principalmente o fato de estar com ela.

Nós estávamos nos despedindo da Veronica - que foi a última que ficou dentro do carro - naquela noite eu planejava levar a betty para um restaurante, a comida é italiana e eu sei que ela adora, alem de gostar ela merece muito. Olhei ela dando tchau para a Verônica e me deu um aperto no coração assim que eu lembrei que daqui a alguns dias a Betty não estará mais conosco.

– Vamos? Jughead? Tá me escutando?

– Oi. Vamos. Vou te levar para um restaurante.

– Sério? Mas eu não estou com a roupa adequada, eu estou de saia.

– Lá não é tão chique, é comida italiana você ama.

– Tudo bem. Só porque eu estou com muita vontade de comer um macarrão.

Minutos depois nós já estávamos no restaurante, Betty fez o pedido e eu também. Enquanto esperávamos a comida nós começamos a conversar sobre o futuro. O nosso futuro juntos, o que foi incrível. Foi incrível saber que ela tem tudo planejado para nós.

– Quantos filhos você quer ter?

– Acho que quatro. Primeiro um menino, depois gêmeas, e depois outro menino.

A Betty sorriu e eu sorri de volta.

– Nós temos que ter um cachorro também, isso é importante. Nós vamos morar em São Francisco, porque lá o clima é mais chuvoso e eu amo a chuva. Nós vamos ter filhos, mas quatro é demais, no máximo teremos dois, uma menina e um menino. Nós vamos ter uma casa perto da China Beach, porque a praia da Golden Gate é mais perigosa.

– Você tem tudo pensado – Por um momento ela me pareceu triste, o brilho no olho dela sumiu – Tá tudo bem?

Ela parou de olhar para mim e encarou a mesa por alguns segundos, ela estava chorando.

– Eu não quero deixar você, nem nossos amigos.

– Eu sei Bets, mas vai ficar tudo bem, você vai voltar nas feriados.

– Vou, mas não vai ser a mesma coisa, eu vou perder muita coisa, tenho certeza.

– Eu vou te visitar sempre que eu puder, você sabe disso.

– E se não der certo? E se você encontrar outra pessoa aqui? Ou eu encontrar alguém por lá.

– Quanto a mim eu tenho certeza que não vai acontecer, porque eu te amo muito, mas quanto a você se acontecer eu não vou poder impedir, eu só vou querer que você seja feliz.

– Eu te amo muito Jug.

– Eu também.