V - Meninas Malvadas

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    Diferente do que Jason pensou, a amizade não durou apenas alguns minutos

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    Diferente do que Jason pensou, a amizade não durou apenas alguns minutos. Achou que aquele interesse todo do garoto em si não duraria depois que se adaptasse ao novo ambiente, mas ao contrário disso, o garoto de cabelos azuis grudou-se nele como um carrapato sanguessuga e, querendo ou não, gostou. Não o chamava pelo nome completo, fazia trabalhos consigo em todas as aulas que faziam juntos e sempre lhe levava um pudim pequeno para "adoçar o dia".

    Ao longo do tempo, foram se aproximando. Compartilhavam as músicas que ouviam e conversavam sobre coisas aleatórias. Conversas estas que sempre eram puxadas por Joey.

    Sorry Sorry do Super Junior tocava nos fones de Whaters, que eram compartilhados entre os dois meninos. O gosto musical do mais novo era peculiar. As músicas eram em uma língua que Jason Yoshida não conhecia e tinham um ritmo esquisito, mas gostoso. Acabou se acostumando. Estavam, ambos, sentados no ponto mais alto da arquibancada. enquanto chupavam pirulitos de cereja.

    Joey Whaters era completamente viciado em doces, principalmente de cereja. Pirulitos de cereja, balas e chicletes de cereja sempre estavam em seus bolsos. Além disso, os pudins que trazia sempre eram melados com uma alta quantidade de calda de cereja e os bolos de chocolate sempre vinham com cerejas em cima e até seu perfume era de flor de cereja.

     — Olhe para a Danila Menezes!   - O de cabelos azuis apontou.   - Ela parece uma beterraba.   - Zombou.

    Jason Yoshida morria de rir com o humor besta do outro. A latina aparecia mesmo uma beterraba, com o pompom verde gigante prendendo os cabelos e o fardamento das líderes de torcida, que era completamente roxo.

     — Olhe o Scooby Tomlinson!   - Jason ordenou em meio às risadas.   - Depois que aquela bola bateu no nariz dele, inchou tanto que agora aparece mesmo com o cachorro do desenho.   - Brincou com o nome do atleta.

    O outro riu animadamente, batendo palmas como se fosse uma foca histérica. Pareciam duas velhas fofoqueiras olhando a vida dos outros, mas não faziam por mal. Aquelas pessoas eram muito bem privilegiadas e mesmo que isso não desse a eles o direito de zombar daqueles indivíduos, era apenas brincadeira, não falariam aquilo para machucar, muito menos na frente de outras pessoas. Diferente disso, era Joey que sofria aquele tipo de coisa de algumas pessoas sem noção. Eram poucas, mas senão doía nele, doía em Jasom Yoshida quando ouvia os "bichinha esquisita" ou "emo demente" que era dirigido por essas pessoas. Não mexiam com Jason, pois ou acreditavam que ele era o próprio Jackie Chan, ou temiam o pai dele, que tinha assessoria na parte administrativa da escola, além de em uma amizade enorme com o dono e fundador, mas mexiam com seu melhor amigo e isso o irritava profundamente. - Mesmo que não soubesse o que "bichinha" significava.

    Melhor amigo! É isso que Joey havia se tornado para si. Aquela criatura esquisita tinha se tornado importante.

     — E a Lucy Andrews?   - Joey perguntou, incentivando as piadas.

AS NOITES EM CLARO DE JASON YOSHIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora