IX - Família

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Jason odiou o que sentiu ao ver o olhar de pena do motorista do táxi, que devolveu-lhe o dinheiro e disse que usasse-o para comprar algum doce, ainda lhe entregando um chocolate no fim da corrida

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Jason odiou o que sentiu ao ver o olhar de pena do motorista do táxi, que devolveu-lhe o dinheiro e disse que usasse-o para comprar algum doce, ainda lhe entregando um chocolate no fim da corrida. Queria negar e dizer que sua mesada era o suficiente para pagá-lo e comprar algo para comer depois, mas sentiu vergonha de parecer um playboy esnobe. Saiu do carro e agradeceu ao homem, a voz saindo tão baixa que apenas soube que o senhor ouviu quando ele soltou um ,"de nada".

Seu rosto doía, mas por dentro se sentia completamente torturado. As lágrimas corriam como um vale, e isso não passou despercebido por Marie Yoshida, que estava de folga, tal qual seu grande ematoma. Seguiu-o até o quarto.

- Jason, o que...

- James! - Gritou, interrompendo-a. ‐ James! James!

- James não está. - Tentou explicar.

Um grito agudo rasgou a garganta dele, assustando-a. Há quanto tempo aquilo não acontecia? Se debateu e puxou os cabelos, estourando em um choro alto.

Marie se exaltou ao perceber que teria que usar aquele maldito objeto novamente. Se dirigiu até a caixa azul média e retirou o que necessitava. Com calma, se aproximou e pôs o objeto na boca do filho, tentando acalmá-lo em seu peito. Pouco a pouco, foi dando certo, apesar de ainda haver relutância por parte do adolescente. Guiou-lhe até a cama, entregando seu Hiaboo e lhe cobrindo, logo após abandonando o cômodo.

Quando o Jason chegou na escola naquele dia, ele não imaginava que as pessoas continuariam com aqueles olhares

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Quando o Jason chegou na escola naquele dia, ele não imaginava que as pessoas continuariam com aqueles olhares. Nunca tanta gente esbarrou em si como naquele dia, e nunca esbarrões doeram tanto.

Assim que abriu o seu armário, muitos papéis caíram ao chão. Ao pegar os mesmos, leu os xingamentos ali escritos: viadinho! Nojento! Ridículo! Bichinha!
Passiva idiota! Aqueles xingamentos costumavam ir para Joey. Por que haviam voltado para si?

Os olhares saíram dele por um minuto e se voltaram para outro lugar. Naturalmente, os olhos dele também. Os glóbulos, ao verem do que se tratava, aumentaram o tamanho o máximo possível que a genética japonesa era capaz. Joey odiava Lucy, não odiava? Então por que ele estava de mãos dadas com ela? O que era aquele cabelo escuro e aquele topete? O que era aquela roupa? Não era Joey Whaters, com certeza não era.

AS NOITES EM CLARO DE JASON YOSHIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora