Marie Yoshida se denominava uma mulher de preceitos. Preceitos que ela mesma criara, só pode ser!
A mulher nasceu numa família cristã. Quando fez dezoito, se dedicou finalmente a Buda, durante uma semana. Ao se casar, resolveu seguir o Hinduísmo, logo pulando para o Taoísmo e, até mesmo, o Islamismo. Mas o fato é que Marie Yoshida não estava disposta a aceitar preceitos de deuses. Ela era sua própria deusa, que ditava para si, e para os outros, o que é certo e o que é errado. Se recusava a aceitar o adultério que cometera como um pecado. Não havia problema nenhum em ter um homem alto, jovem e másculo entre suas pernas, mesmo tendo um bebê e uma criança mestiças lhes esperando sozinhos em casa. Mas era um pecado mortal, digno de todo o sofrimento, o que Yago Yoshida fazia entre as pernas das latinas com quem se deitava no final de semana.
O que aconteceu foi que se separaram, cinco anos atrás. A guarda de Jason e James era compartilhada. Marie passou a trabalhar diariamente, passando horas e horas em frente ao computador do escritório de advocacia, estudando a constituição e pensando em jeitos de salvar um criminoso e outro. O único dia de folga que tinha, era o domingo, que passava nos braços de um universitário qualquer por aí.
Naqueles finais de semana, os dois filhos eram responsabilidade de Yago, que também aproveitava os finais de semana abraçando corpos muito diferentes dos magros torsos dos filhos de onze e quinze anos. Pode apostar que Jason e James não tinham seios fartos, cintura fina e vagina. Não eram exatamente o que o japonês gostava para um domingo feliz. E assim, os meninos passavam a maior parte do tempo sozinhos.
Nenhum deles se importara com os sentimentos daqueles que geraram, até aquilo acontecer a Jason. Depois do aquilo ser percebido, sentiram a necessidade de voltarem a morar juntos. Reataram o casamento. Seguiriam o teatro bem feito, por ele e apenas por ele.
Mesmo com tudo isso, Marie se achava a dona da razão e sempre achou. Então, quando chegou em casa, depois de um dia cansativo na agência de advocacia, e viu sua criança daquele jeito na cama, com outro garoto ambos se acariciando como se fossem um só, fez com que uma Ira anormal subisse a cabeça.
- Jason! - Gritou, assustando ambos ali, que se levantaram. - Que porra é essa?!
- Mamãe, - Jason respondeu, calcamente. - esse é o Joey, ele é...
- Saia da minha casa! - Gritou para o menino de cabelos azuis.
- Mas mãe... - Jason tentou intervir, sem entender nada.
Estranhava a reação da mulher. Sua mãe sempre ficava feliz quando levava alguém em casa, o que raramente acontecia.
- Está tudo bem, Jay-Jay. - Joey disse ao outro, se levantando.
Apesar de Yoshida não entender a situação, Whaters sabia muito bem o que aquilo significava.
- Foi um prazer conhecer você também, Senhora Yoshida. - Disse, antes de sair.
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AS NOITES EM CLARO DE JASON YOSHIDA
Teen FictionJason Yoshida sofria de insônia. Ao menos era o que seus pais pensavam. O menino evitava tocar no assunto "medicação", por achar que isso o engordaria demais; evitava ir ao médico, não gostar da atmosfera de hospital era a desculpa. Costumava dizer...