Capítulo 18 - FINAL

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Henry Jackson

Eu me encontrava no trabalho, como sempre agindo normal perante os casos policiais, sendo o capitão que todos idolatravam. Já era tarde e muitos no Departamento estavam no pé com o história do assassino do caixa 24h. Se eu soubesse que seria assim, não teria feito tudo com o intuito do Alaster ser preso e finalmente tirar a sua arrogância da minha cola, e sim obrigado ele a matar o Travis para depois matá-lo.

Minha vontade era de dizer logo o nome dele pra imprensa, mas é óbvio que ele iria me dedurar. Precisava de um mais de tempo para pensar no que iria fazer. Será que eu devia fugir? Talvez forjar minha morte. Ou fazê-lo se confessar em um vídeo e depois fingir suicídio.

- Até que essa última não é uma má ideia.

Pensei comigo mesmo enquanto entrava para dentro do meu carro. De repente o meu celular, o qual eu usava para me comunicar com o Travis, o Mick, a Helena, o Harold e o Peter, começa a tocar. Em falando no diabo, olha a cauda dele aí.

- Olá, Kath.

- Oi chefe.

Sua voz era de choro.

- A que devo a honra de estar sendo prestigiado por essa sua ligação inesperada?

- Eu quero voltar. Desculpa ter me envolvido amorosamente com o Alaster. Ele me enganou e me entregou pra polícia na primeira oportunidade que teve. Agora estou sendo perseguida.

Coitada... ainda não tinha ideia de que eu era o capitão mandante de todas as operações de dentro do departamento.
Sentia que ela estava mentindo.

- É um tal de Jasper. Já reparei que ele tem trabalhado sozinho. Ele me observa há dias, portanto é só questão de tempo até eu ir parar atrás das grades. Você precisa me ajudar, por favor.

Okay, isso já mudava um pouco as coisas pois eu realmente havia mandado o Jasper atrás do restante dos assaltantes. Por que? Era uma espécie de esquema de pirâmide pra mim. Eu ia recrutando ladrões para trabalhar comigo. Montava uma equipe para assaltar bancos, carros, joalherias... Faturávamos o bastante para não precisarmos assaltar por um bom tempo.

Dava a parte deles, dizia que viria bem mais da próxima e antes que chegasse o próximo roubo, eu os cortava da operação e contratava novos, fazendo o ciclo se repetir. Assim só eu faturava. Peter, Mick e Travis morreram, a Helena e o Harold estão presos; só resta a Kath. Mas sei lá, com ela era diferente. Eu sentia pena e um pequeno afeto. Não sei se tinha haver com a gente já ter ficado ou porque o garoto me lembrava ela.

- Em nome dos velhos tempos... vá até o hotel Major pra gente conversar melhor. Escolha um quarto e depois me mande o número. Eu chego daqui há uns quinze minutos.

- Okay.

Fungou com o nariz, encerrando a chamada. Eu respirei fundo e entrei dentro do carro, dando partida.

Será que eu devia mesmo confiar nela? Principalmente depois de tudo o que fizemos um com o outro. Ela não pode me culpar de estar com o pé atrás, até porque estava tudo indo bem, mas ela quis se aventurar com o Alaster sem pensar nas possíveis consequências. Era só pra ver se ele decidia trabalhar por conta própria no caso da quadrilha, mas não, foi misturar as coisas. Deu no que deu.

Estacionei o carro em frente ao prédio e tirei o cinto, saindo do veículo e ligando o alarme. Atravessei a rua e enfiei as mãos no bolso ao sentir meu celular vibrar. Era uma mensagem da Kath, que dizia : quarto número 12, segundo andar.

ALASTER MILLES- Homens Da Lei [L2] PLUSSIZE 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora