Ana foi obrigada a conviver com o pai,desde pequena precisou aprender a conviver com as ameaças e tapas desnecessários.Mesmo se tornando de maior,não mudou tanta coisa.Thomas Santana, já traçou o futuro da sua filha antes mesmo dela nascer.
O que se...
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Parecia que já estava aqui dentro desse carro há mais de 1 hora de relógio mas na verdade fazia somente 30 minutos que saímos de casa.
- Falta muito para chegar?__perguntei um pouco sonolenta__.
- Mais ou menos 2 horas de relógio__ele respondeu__você está bem?__.
- Uhum... só calor mesmo__respondi__.
Nisso passou alguns minutos.
- Cristian,eu acho que estou passando um pouco mal__avisei sentindo um pouco de mal estar__.
Ele parou o carro na praia mais próxima dali.
Ele comprou uma água de coco para mim e visualizei por alguns instantes a praia e as famílias que se divertiam.
Fitei uma barraca que vendia churrasco.
- Você quer?__Cristian me perguntou__.
- Quero__assenti__.
Já que não tinha outro jeito,teria que conviver com ele...resolvi dar a ele uma chance.
Ele comprou para mim e enquanto eu comia ele me olhava.
- Você quer um pouco?__ofereci__.
- Um pouco__ele sinalizou com os dedos__.
Ele segurou no palito do churrasco que eu já estava segurando aproximou-se mordendo e eu reparando cada movimento seu.Ele mastiga me olhando.
- O que foi?eu mordi um pedaço muito grande,foi?__ele perguntou de uma forma engraçada pois sua boca estava cheia ainda__.
Eu não segurei a risada e olha que fazia bastante tempo que eu não dava uma gargalhada desse jeito.
- Não foi isso não__respondo em meio a risos__.
- Seu sorriso é lindo,Ana__ele gosta de me elogiar, já notei__.
- Obrigada__agradeci um pouco envergonhada__.
Depois que comi o churrasco entramos de volta no carro e continuamos a viagem,eu terminei dormindo.
{...}
- Ana,olha o que trouxe pra você, minha dorminhoca__escutei sua voz um pouco distante__.
Ele me balança um pouco, só aí percebo que estou deitada em uma cama dentro de um quarto.
- Como vim parar aqui?você me carregou?__franzi as sobrancelhas__.
- Carreguei e sinceramente você parece ser mais leve aparentemente...__falou rindo da minha expressão diante da afirmação dele__.
Sorri com o comentário sem graça dele.
- Que bom que chegamos bem...
Ele me entregou uma maçã.
- Ana,seu pescoço está com a marca da mão dele,ele tentou enforcar você,não foi!?__ele percebeu__.
- Ele não tentou...__menti__.
- Ana,me diga a verdade!__ele insistiu__.
- Cristian, não__neguei contar a ele a verdade__.
- Ana!?__eu não gosto que me insista muito para dizer algo__.
- Eu não sou obrigada a dizer nada da minha vida a você!__disparei sem medir minhas palavras__.
A nossa vinda para cá tinha sido tão harmoniosa e tudo foi por água a baixo nesse momento.
- Você sabe que não tem precisão dessa grosseria toda,Ana!__ele me repreendeu__.
- Cristian,eu...__tentei me redimir__.
- Não se explique,não precisa!__ele me cortou de uma maneira calma__.
- Desculpa se te chateei pelo modo como falei e as palavras em si...na verdade é um assunto que não quero entrar em detalhes__explico__.
- Tudo bem,eu não devia ter insistido__ele falou saindo daquele local__.
Ele me deixou sozinha no quarto retirando-se dali.
Algo me deixa incomodada,não sei o que é.Deixar ele chateado causou algo de diferente em mim.
Resolvi ir até ele,encontro o mesmo sem camisa,parecia não ter me visto ainda.Avisto algumas cicatrizes de queimadura,aquilo de alguma maneira me assustou.
- Cristian...
Ele deu um pulo de susto vestindo a camisa rapidamente.
- Oi Ana, você está bem?__essa era a pergunta campeã pois ele me perguntava a todo instante__.
Me analisou preocupado.
- Estou bem sim__respondi__eu vim aqui para me desculpar novamente pela forma como falei com você__.
Eu vi as suas cicatrizes mas resolvi não tocar agora nesse assunto com ele.
- Eu te desculpo sim, Ana...está tudo bem!__ele me encarou com serenidade__.
