Os pesadelos atormentam

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Tinha terminado de anoitecer,Cristian está mais calado que o normal

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Tinha terminado de anoitecer,Cristian está mais calado que o normal.

Sentei à mesa ao seu lado para tomar café.

Passei manteiga em uma fatia de torrada.Ele continuava lá em seu mundo,insistindo em fazer de conta que naquele momento eu era absolutamente invisível para ele.

Resolvo puxar assunto para quebrar esse clima tenso.

- Cristian,você é bom em fazer torradas...estão ótimas.

Comi algumas deliciando-me.

Ele me encarou por um momento logo desviando novamente o olhar.

Fico bem chateada com a atitude dele, porém volto a tentar falar com ele...

- Eu daria tudo para comer suas torradas todos os dias!

Tentei demonstrar entusiasmo.

Ele nem sequer me olhou.

Fiquei triste,eu já nem tinha mais ânimo para continuar comendo.Deixei o prato em cima da mesa ainda com algumas torradas e corri para o meu quarto.

Esperei que ele viesse atrás de mim,mas ele não veio.E o feliz que ele disse que ia me fazer!?e a parte que ele pediu que eu não me preocupasse,valeu de que?valeu de nada.

Ele não veio.

Eu chorei,naquele momento eu me senti muito trouxa por estar chorando por algo que não têm tanta gravidade.Mesmo assim,eu chorei.

De tanto chorar,adormeci.Quando acordei,era de madrugada,mais um pesadelo.Era ele,o meu pai me batendo novamente.Gritei,gritei para que alguém impedisse que ele fizesse comigo suas perversidades.

- Ana, fique calma!__a voz dele me trazia segurança__.

Ouço aquela voz bem conhecida por mim.

Tento abrir os olhos,abri com dificuldade.

Encarei o Cristian.

- Eu estou aqui,Ana__ele repetia essa frase a cada minuto__.

Ele repetia para mim com o seu rosto próximo ao meu,suas mãos tocam o meu rosto acariando-me.

- Ele vai me bater de novo,por favor não deixe Cristian...__eu estava delirando deitada no colo de Cristian,ainda estou com muito sono__.

- Se alguém encostar em você,Ana,eu sou capaz de tirar a vida desse sujeito mesmo que esse tal sujeito sejá o seu pai, ninguém encosta em você! Ninguém!__ele respondeu firme mas ao mesmo tempo como um sussurro__.

Ele quase sussurrou,talvez na intenção de eu não ter escutado pelo excesso de sono,mas escutei.

- Eu não quero que suje as suas mãos com morte de ninguém!__esclareci__.

- Fique tranquila,Ana,não me imagino matando alguém...mas sou capaz,sim...__seu olhar se tornou sombrio por um instante__.

Deitei nos braços dele aconchegando-me, quando ele percebeu minha exagerada aproximação tentou afastar-me porém segurei seu braço o impedindo.

- Por favor,Cristian,fica!__eu senti pavor de sentir que eu ia ficar sozinha aqui nesse cômodo__.

- Não é certo que a gente durma juntos antes do casamento__ele falou destacando__.

- Não me deixe aqui sozinha,eu tenho medo dele entrar aqui...__implorei__.

Ele olhou no fundo dos meus olhos parecendo pensativo.

- Tudo bem__essa foi sua resposta final__.

Ele pegou três lençóis bem grosso dentro do guarda-roupa,dois para forrar o chão e um para o cobrir.

Deitei,vendo ele deitar-se também logo me entregou uma lanterna.

- Não precisa sentir medo,Ana__ele falou como se lesse meus pensamentos__.

- O que você faz quando sente medo?__perguntei aflita em busca de uma solução__.

- Hum... você quer um conselho?__levantou-se,caminhou até mim e sentou na minha cama__posso fazer cafuné em você?__.

Meu coração estava acelerado de medo e nesse momento qualquer coisa que me acalme é bem vinda.

- Pode__permiti__.

Ele fez cafuné em mim e olha que aquilo foi o suficiente para me fazer adormecer e só acordar no dia seguinte.

Acompanhem...

Fica Comigo,Ana.Onde histórias criam vida. Descubra agora