Ana foi obrigada a conviver com o pai,desde pequena precisou aprender a conviver com as ameaças e tapas desnecessários.Mesmo se tornando de maior,não mudou tanta coisa.Thomas Santana, já traçou o futuro da sua filha antes mesmo dela nascer.
O que se...
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Acordei muito dolorida,me desesperei ao imaginar que possa ser que Thomas ainda esteja aqui.
- Cristian__chamo em desespero__.
Eu estou em cima de uma maca hospitalar.
Um dos médicos veio até mim.
- Por quem está chamando, Senhorita?__leio no crachá dele Davi__.
- Estou chamando pelo pai do meu bebê médico Davi__respondi__.
- Acho que ele foi beber água e já volta...ele saiu agora mesmo__ele falou sorrindo__.
Minutos depois...
A porta da sala em que estou foi aberta,me fazendo encarar Cristian.Minha vontade é abraçar ele e o agradecer por estar aqui comigo, porém é impossível me movimentar com tantos aparelhos em cima de mim.
Ele sorri correndo em minha direção.Beijou os meus lábios e todo o meu rosto como se eu estivesse voltado de uma viagem distante.Ele está chorando,e o seu rosto está muito vermelho como se estivesse chorado muito.
- Me perdoa,Ana...não deveria ter te deixado sozinha__se lamentou__.
- Tudo bem,meu amor,o que importa é que você está aqui...__digo tranquilizando-o__.
- Eu falei que ia te proteger,mas eu falhei!__ele parecia decepcionado consigo mesmo__.
Sua decepção consigo mesmo fica evidente.
- Fico muito feliz que esteja aqui comigo agora__declarei__.
Repito novamente sentindo-me aliviada.
- Eu preciso te dizer,Ana...__ele me olhou perdido__.
- O que?__eu não fazia noção do que ele ia me falar__.
- Não sei como te falar...__ele estava meio perdido__.
- Cristian,me diz logo__não gosto muito de suspense__.
- Eu atirei no Thomas,eu o matei Ana__ele falou como se fosse algo absurdo__.
Mas dessa vez ele não estava com o seus olhos enfurecidos de rancor,mas sim chorando,ele pronunciou aquelas palavras com tanta dor que eu não conseguia entender.
Aquela notícia para mim me deu alívio,mas não pareceu ser a mesma coisa para o Cristian.
- Amor,eu não entendo o porquê está tão triste,ele tentou me matar...se você não o matasse ele mataria nós dois e ainda o nosso bebê depois__eu não conseguia entender tamanha tristeza nos olhos dele__.
- Ana,Thomas é o meu pai__Cristian falou__.
Estremeci com a notícia.
- O que?__eu não podia acreditar__.
- Foi por isso que não me matou naquele maldito incêndio, porque ele descobriu que eu era filho dele...ele falou que minha mãe o traiu...e foi isso que o fez namorar com a sua mãe__Cristian esclareceu tudo para mim__.
- Como você tem certeza disso?__arqueei minhas sobrancelhas__.
- Ele me falou antes de morrer,e...eu me lembro quando a minha mãe olhou para mim quando a casa estava pegando fogo dizendo "Desculpe a mamãe, pois cometi muitos erros meu filho"...a minha pior dor,Ana, é que consigo me lembrar claramente dessas palavras...__falou com grande aflição__.
- Cristian...__chamei__.
- Matei o meu próprio pai,Ana, e bem pior que isso tive um monstro como pai...me envergonho de ser filho de alguém como ele!__ele falou com culpa__.
- Cristian,e o nosso bebê?__coloquei as minhas mãos em minha barriga sentindo um grande vazio,por algum motivo senti isso desde que acordei,preciso perguntar a ele__.
- Me perdoa,Ana,eu não cheguei a tempo__ele chorou mais ainda__.
- O que está querendo dizer com isso!?__pergunto sem acreditar__.
Comecei a chorar muito.
- Você perdeu o bebê,Ana__escutar aquilo fez meu coração parecer que estava sangrando de tanta tristeza__.
Aquilo foi demais para mim, naquele hospital ouviu-se amargamente o meu choro.O choro de uma mãe que sonhava com seu bebê em seus braços.
E eu chorei,chorei por todo o meu sofrimento.
- E ainda tem outra coisa,meu amor...__o rosto de Cristian estava molhado de tanto que havia chorado__.
Seu choro se tornou mais intenso,como se a dor não fosse cessar.
- Eu não quero saber, Cristian...__me recuso__.
Eu chorava de soluçar.
- Eu também não quero que você saiba,mas você precisa saber...__ele ressaltou__.
Viro o rosto para o lado sentindo um grande vazio dentro de mim.
- Você não provavelmente não poderá engravidar novamente,meu amor__ouvir aquelas palavras eram como espinhos em minha pele__.
Eu tapei os meus ouvidos.
- Não quero ouvir isso, não, não quero!__eu me debatia em cima da maca,precisei ser amparada pelos médicos__.
