24 - Por que teve que ser assim?

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Babi narrando:

- Victor, eu posso até te perdoar, mas mesmo te amando mais que tudo nesse mundo, mais até que a mim mesma, eu não posso voltar com você...

Naquele momento ele desabou a chorar, eu não acreditava naquilo que estava acontecendo e desabei a chorar junto a ele.

- Aaah, Victor, eu te amo tanto, mas você machucou tanto que eu estou como antes, tomando mais uma vez todas aquelas injeções, desde que você entrou em minhas vida há 3 anos atrás, você fudeu com minha vida e mesmo te amando eu não posso... - Falei levantando o queixo dele e dando um último selinho.

- Espero que você não venha chorando quando eu estiver com outra! - Daí ele se retirou.

Quando amanheceu parecia que tudo havia ficado normal, menos eu e o Coringa, não nos falávamos mais.

Gravamos os vídeos da loud como costume diário, eu estava muito cansada então fui direto dormir, até que estava tudo bem.

Quebra de tempo:

2 semanas depois

- Babi, você não pode ficar chorando e se trancando em qualquer cômodo - Falou o Mob bastante preocupado.

- Me deixem, por favor... - Falei soluçando.

- Ele nunca vai deixar de errar com você, tenta seguir em frente, assim como você o disse da última vez - Falou o Vinni.

- Não dá, por favor me deixem sozinha...

- Como você quiser... - Escutei um dos meninos falar.

Passei horas dentro daquele banheiro, sentindo as gotas de água caindo em minha pele e junto com ela, as lágrimas salgada que passavam por meu rosto, caída naquele chão frio do banheiro, chorando como uma criançinha.

Mas eu resolvi pra fora tudo que eu sentia, chorei por tudo que eu tinha passado, pelas decepções amorosas, chorei por me sentir insuficiente, por ser uma inútil, chorei por conta da ansiedade, ansiedade por aquilo que eu já, que eu vivo e que eu viverei fururamente.

As vezes eu pego pensando em como seria se eu não tivesse seguido esse caminho, se eu seria diferente e se as coisas seriam diferentes. Se eu seria alguém que fizesse diferença para alguém além de ser uma virgula que ninguém respeita. Se seria algo além de um grande incômodo para as pessoas ao meu redor, alguém que talvez pudesse ter importância e ser alguma coisa além de uma notificação no seu celular. Quando me olho no espelho vejo uma pessoa fraca, covarde e que é fraco demais para lutar contra si próprio. Me sinto como uma bomba relógio e agora só me resta ver quanto tempo ainda resta antes da bomba explodir. Tic, tac, tic, tac...

Sou tirada de meus pensamentos quando sinto a água do chuveiro parar de descer e olhando para cima, vejo a pessoa que me fez tão feliz e me causou tanta decepção, sim, era o Victor.

Ele me olhou e percebeu rapidamente que eu estava com uma de suas camisas, ele me ajudou a levantar e me abraçou.

- Você já chorou demais e mesmo estando bastante bravo, não quero ver você assim, entendeu? - Ele falou olhando em meus olhos.

- Sai do meu quarto Victor, por favor.

- É difícil tentar conquistar você Bárbara Passos, eu odeio esse seu jeito! - Ele saiu do quarto e bateu com muita força a porta.

Eu já não estava mais nem ai pra ele, resolvi sair para comer alguma coisa, estava morta de fome, coloquei minha calça jeans de sempre com um moletom da Loud, calçei um tênis e desci.

- Pra onde vais, Senhorita Bárbara Passos? - Perguntou o Bradoock.

- Estou indo comer alguma coisa, se não for pedir muito avisa aos outros meninos por favor?

- Tá bom, mais se cuida viu? E não vai dirigir a 1000 por hora não!

- Tá certo, papai - Falei rindo.

Entrei no carro e um turbilhão de lembranças começou a passar pela minha cabeça, principalmente sobre meu pai, eu nunca mais havia visto ele, as vezes eu tenho um certo medo dele.

Após sair do condomínio começo a enfrentar o maldito trânsito de São Paulo, pelo menos o ventinho frio que batia em meu rosto, me trazia uma sensação boa.

Bom, estava tudo bem, até eu olhar para o lado e perceber quem estava ao meu lado, eu estava tendo alucinações é isso?

- Oi gatinha, ainda se lembra da gente ? - Ele falou dando uma piscadinha..

- Vão se danar.

Naquele momento eu pisei no acelerador o mais que eu pude e percebi que eles estavam me seguindo, puta que pariu, o desespero que eu estava era muito grande.

E eu parei um 1 segundo para olhar para o lado quando a ultima coisa que sinto é o choc do meu carro com o outro, após isso eu apaguei...

Coringa narrando:

Desde que sai do quarto da Babi estava sentindo uma sensação muito ruim, estava com medo de acontecer algo com ela.

Passou-se algumas horas desde que ela saiu, até que os meninos entram em meu quarto desesperados.

- Coringa, levanta dessa cama agora e vamos pro hospital - Falou o Jesus muito agitado.

- Calma cara, o que aconteceu?

- A Babi sofreu um acidente

- Puta que pariu Jesus, não me diz uma coisa dessas - Me levantei o mais rápido que pude.

Entramos no carro e pegamos distino até o hospital, chegando lá a enfermeira avisou que ela estava na sala de cirurgia.

Me sentei no sofá e começei a chorar, eu não estava acreditando no que tava acontecendo.

- Calma mano, vai dar tudo certo - O Gs me abraçou.

Após algumas horas o médico chegou onde estávamos, ele iria dá a notícia de como a Bárbara estava.

- Acompanhantes de Bárbara Passos?

- Somos nos - Falamos juntos.

- Bom, eu sinto muito, mas a Bárbara não resistiu e acabou tendo uma parada cardíaca, ela morreu. Desde já, dou os meus pêsames a todos.

Naquele momento nosso mundo havia desabado, não sabíamos o que fazer, não sabíamos que rumo teríamos após uma notícia como essa, medo e tristeza eram os sentimentos que sentíamos naquele momento, a nossa estrelinha acabou indo brilhar lá em cima, e são em momentos como esses que a gente percebe o quanto amamos alguém, e damos valor as pessoas.

A perda da Babi abalou todos nos inclusive aos fãs, a LOUD estava definitivamente em luto, todos se perguntavam por que não teria sido um de nós, por que tudo teve que acabar assim?

- Ela era o amor da minha vida...

•Um amor inesperado (Babictor)Onde histórias criam vida. Descubra agora