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SEM REVISÃO

Marília Lumen

Quando mamãe me avisou que meu pai havia piorado, decidi que deixaria tudo para trás e voltaria para o Brasil. Já fui negligente durante muito tempo, quando parti, era apenas uma adolescente que queria independência, e se livrar das responsabilidades de cuidar de uma enorme rede de hotéis. Eu era imatura, confesso, mas com o tempo fui me acostumando com a distância e nunca mais voltei, até agora.
Mas eu não esperava que chegaria tarde demais, meu pai já estava em seus últimos momentos, e faleceu em meus braços. Me sinto extremamente culpada, por ter ficado tanto tempo longe, mesmo quando soube que ele tinha câncer, eu fui uma puta de uma ingrata.
Papai sempre deixou claro o quanto me amava, eu era a única filha que ele tinha, e ele seria capaz de dar o mundo por mim, mas queria que eu assumisse toda a sua fortuna, eu era apenas uma jovem, assustada com toda essa história, e então fugi.
Faz cinco dias que chegamos, eu, Suzana e minha afilhada Catarina, parece que o papai estava apenas esperando por mim para ir.
O velório está acontecendo em casa mesmo, mamãe sempre gostou de privacidade com essas coisas, é um momento muito delicado e não queremos jornalistas rondando o corpo do meu pai.
- O que será de mim sem ele filha? - minha mãe chorava no meu colo inconsolável.
De fato papai fará muita falta, me lembro que meus pais eram muito apaixonados, era o exemplo mas lindo de amor que eu já tinha visto na vida.

Posso ver quando um desconhecido entra pela porta, sua prepotência está visível apenas no seu jeito de andar. Não posso negar o quanto é bonito, sua masculinidade é gritante, os cabelos um pouco compridos e ondulados, a barba por fazer, o corpo definido e os olhos, a mais que belos olhos!

- Quem é aquele mamãe? - pergunto curiosa

Minha mãe que até então chorava no meu colo levanta a cabeça para encarar o até então desconhecido por mim.

- É o tal Calleb Price. O que ele está fazendo aqui? Será possível que não respeita nem o meu luto. - mamãe comenta e vejo que ela está com raiva, afinal, o que esse cara fez pra que ela fique tão nervosa assim com a presença dele.

- Sra Lumen, meus sinceros sentimentos pelo sua perda. - Price diz para minha mãe que olha desconfiada

- Obrigada Sr. Price. - percebo o quão desconfortável minha mãe está.

- Sei que não é o momento mais adequado, mas quero que pense sobre a proposta do meu cliente para a compra do hotel, imagino que o dinheiro vá ajudar muito a senhora. Pretendemos pagar a vista. - compra do hotel? Mas que história é essa?

- O senhor não tem o mínimo de respeito com o próximo, vem aqui quando estou enterrando meu marido pra me falar de dinheiro? O senhor não tem coração?. - minha mãe diz chorando

- Me desculpe se fui indelicado, mas peço que a senhora pense bem na proposta, estamos oferecendo bem mais do que vale, ainda vão sair no lucro.

Até então eu não tinha me manifestado, mas esse cara já estava me irritando. Quem ele pensa que é? Vir no enterro do meu pai pra falar de dinheiro.

- Olha, não estamos interessados, obrigada. - digo ríspida

- Desculpe, mas a senhorita é...?

- Marília Lumen. E repito que não estamos interessadas, agora se o senhor puder me dar licença. - estou a ponto de explodir

- Srta Lumen, eu repito que nossa oferta é muito boa, estamos falando de muito dinheiro, com a venda, poderão viver tranquilamente.

- Olha, senhor Price não é? - pergunto e ele acena concordando - Eu quero que o senhor e seu cliente peguem esse dinheiro e enfiem bem no meio do...

- Filha! - minha mãe me interrompe

- Bem no meio do nariz! Sai fora daqui antes que eu perca a paciência, e olha que não falta muito.

- Você é muito mal educada senhorita. - o abusado ainda tem a coragem de me afrontar

- Tô cagando pra sua opinião, vá embora daqui agora! - a essa altura eu já estou gritando e todas as atenções estão voltadas para nós

- Está bem, eu irei, mas vou voltar para discutirmos essa questão novamente. - petulante, ele que não se atreva a pisar aqui novamente

- Não volte, por que dá próxima vez faço questão de soltar os cachorros em cima de você.

  Ele finalmente vai embora e eu bufo de raiva, como ele tem coragem de vir nos incomodar no dia do enterro do meu pai, esse imbecil.

- Calma filha você está muito nervosa.

- Mamãe, não vamos vender os hotéis que sempre foram o sonho do papai, não vamos! - afirmo

- Mas filha, quem vai administrar tudo aquilo? O seu pai se foi.

- Não se preocupe mamãe, eu estou de volta agora, e vou assumir o lugar que sempre foi meu, o lugar onde papai sempre quis me ver...

Calleb Price

Mas que garota mais atrevida! Me expulsar daquele jeito, como se eu fosse um qualquer.

Eu senti uma enorme vontade de deitar ela de bruços no meu colo e dar umas boas palmadas naquela bunda arrebitada. O que tem de linda, ela tem de petulante e boca suja. Mas não posso negar que é um absurdo de bonita, e muito gostosa.

Sai daquela casa soltando fogo pelas ventas e com uma enorme tensão sexual, nenhuma mulher nunca tinha me desafiado assim, todas sempre se derretem aos meus pés quando me olham, mas ela sequer me lançou um olhar com cobiça, pelo contrário, a toda momento que estive encarando aquele rostinho bem feito, eu via a ira em seus olhos.

  Agora, com a volta da única filha do falecido Lumen, ficará mais difícil de comprar o hotel, pelo que eu percebi, ela não vai ceder muito fácil assim. Tá certo, talvez tenha sido um pouco precipitado da minha parte ir até lá para refazer a proposta, mas como um bom negociador, eu não poderia perder a oportunidade que me foi dada, Amélia Lumen estava sensível com a perda do marido, e seria a melhor hora para lhe propor novamente, mas eu nunca imaginei que a filha dela estaria lá, que havia voltado, e o pior, que era tão enfezada.

Mas o maior problema de todos, é o tesão que estou sentindo naquela diaba, agora que estou aqui, sentado na poltrona do meu quarto, e me lembrando daquele rosto, daquele corpo...
Meu pau está latejando dentro da calça, pulsando por aquela mulher. Eu quero ela na minha cama, eu preciso provar aquele corpo, eu preciso provar aquela boca carnuda, não paro de pensar nela desde que sai lá.

Eu vou ter aquela mulher na minha cama, e de brinde ainda vou fechar negócio, ela irá se derreter em meus braços e farei com que ela nunca mais se esqueça de mim.

Vou mostrar a ela quem manda enquanto me delicio naquelas curvas magníficas, ela será minha

Ou não me chamo Calleb Price.

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Beijão no coração

Completamente Minha - SÉRIE: INSANOS - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora