Quando as cerejeiras florescem - Imagine Bakugou Katsuki

Capítulo 1 - A Surpresa

Nota da autora:

"Olá queridos leitores, é com grande alegria que estou reescrevendo esta história e trazendo novos nuances e sentimentos para aprimorar esse romance tão especial. Esse projeto começou em 2019, quando eu tinha apenas 18 anos, minha visão de mundo e relacionamentos era limitada demais e isso se refletia na minha escrita. Sempre escrevi esta história para mim mesma, pelo menos uma vez ao ano volto para lê-la e me deleitar na trama que eu mesma criei, mas achei que já estava na hora de poder reescrevê-la com toda a experiência que adquiri e poder aperfeiçoar os personagens que criei com tanto carinho.

Talvez alguns percebam e estranhem que meu nome de usuário agora é outro, precisei trocar por motivos de segurança, mas sempre serei a mesma, sempre aguardando ansiosa por suas reações engraçadas nos comentários às pataquadas da Haru <3.

Espero que os velhos leitores possam voltar a ler como se fosse a primeira vez e que os novos possam se surpreender a cada linha. Obrigada por todo apoio de sempre, desejo uma ótima leitura."

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Tempo estimado de leitura: 22 minutos

Prólogo

Quando temos 15 anos, ainda somos jovens e inexperientes. Podemos achar que temos todas as respostas, que tudo está sob controle, que somos quase adultos. E então, descobrimos da melhor maneira sobre como estávamos completamente equivocados: errando muito.

Essa história é sobre uma garota que errou muito, pois todos nós, um dia, passamos ou vamos passar por isso. Ao longo de sua jornada, ela aprendeu que todas as histórias tem um pouco de amor e que todo amor tem uma grande história.

E esta é apenas mais uma história com um pouco de amor que tem uma grande história.

Capítulo 1: Desencontro

Naquela tarde, eu podia ouvir as gotas pesadas ecoando no telhado. Era uma chuva sazonal e intensa, que ocorria todos os anos no dia do meu aniversário. Posso afirmar com certeza que, nos meus 15 anos de existência, não houve sequer um aniversário em que não tenha chovido.

Calcei botas de borracha e peguei um guarda-chuva. Ao abrir a porta da frente, já senti o vento gelado e as pequenas gotículas de água que respingavam ao atingirem a calçada. Era uma espécie de ritual caminhar pela vizinhança durante a chuva do meu aniversário. Não tinha certeza de quando comecei a fazer isso, mas, ao perceber, já se estendia por anos consecutivos. Era um momento de reflexão para minha mente fatigada.

Não havia muitos amigos com quem pudesse passar essa data, e não ajudava o fato de meu aniversário coincidir com as férias escolares. Geralmente, éramos apenas minha família e meu amigo de infância em um jantar.

Continuei minha caminhada por entre as calçadas floridas, pisando em todas as poças de água com minhas botas de borracha. A chuva com vento fazia com que minha calça jeans ficasse encharcada dos joelhos para baixo.

Em uma semana, minhas férias escolares terminariam, e pela primeira vez, eu e meu amigo de infância estaríamos na mesma escola e classe. Estávamos entrando em uma das mais renomadas escolas de heróis da região. Só de imaginar, já me deixava nervosa.

Distraída com meus devaneios enquanto caminhava pela cachoeira que caía do céu, não percebi quando entrei em uma rua fora da minha rota. Reconhecia o lugar por passar de carro algumas vezes, mas não tinha plena certeza de qual rua retornar. Meu senso de direção era bastante falho, e quando digo isso, é de forma bastante eufemística.