30.

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— Você tá numa balada. Por que acha que alguém te sequestraria? — o loiro bonito pergunta, divertido *já gostei.

— E tem lugar pra sequestrar pessoas?

— ...Enfim! — ele balança a cabeça, perplexo. — Não sei porque estamos falando disso, mas é melhor parar. — nós rimos.

— Vamo falar de...línguas. — tento soar sedutora, mas acho que isso foi esquizofrênico *tenho certeza disso. — Que língua você fala, loirinho? — sorrio, doida.

— Rafael. — ele corrige, sorrindo de volta. — Falo a língua dos ansiosos, e você?

Suspiro decepcionada. Foi ele que mandou me chamarem aqui, e não corresponde minhas aberturas? Pourran. Mentira, eu não tenho tanto fogo no rabo assim.

— As pessoas me chamam de doida, mas isso é pura inveja da minha mente avançada. — brinco, fazendo uma pose. — Você usa lente de contato? — me aproximo levemente de seu rosto, pra ver seus olhos azuis lindíssimos *meu jeito de flertar é uma coisa bizarra de se ver.

— Realmente não tenho ideia do porque alguém te chamaria de maluca. — ele diz em pausas, sarcástico.

— Eu sei! — exclamo, convencida. — Quer dançar?

— Ah, eu não-

— Legal, vamos! — interrompo Rafael, puxando-o pelo pulso.

Chegamos onde vi Giovana abraçada com dois homens que são o dobro da altura de Rafael. Mas ele é mais bonito que todo mundo desse lugar, então eu ganho. A música que toca agora é agitada, então nós ficamos pulando e cantando junto, até rindo, quando encontro Ovinho de Codorna abraçada com apenas um homem, dessa vez.

— Até que enfim te achei, bonita! — ela grita, me abraçando, mas com uma mão entrelaçada com a do careca ao seu lado.

— Você tá bêbada? — pergunto, entrelaçando minha mão com a do Rafael bem atrás de mim. — Mas eu achei que cê ia me levar pra casa, sua puta!

— Desculpa, Lú... — ela sussurra, olhando nos olhos do careca que me lembra algum famoso.

— Lúcia... — Rafael chama minha atenção, que olho pra ele e sinto coisas revirarem na minha barriga. — Eu posso levar vocês em casa. To com o meu amigo no carro dele. — ele diz e eu sinto uma pontada de alívio.

— Mas e o meu carro?! — Giovana pergunta, preocupada.

— Eu levo pra minha casa, gata. Assim você vai lá buscar e a gen-

— Tá bom, deu! — interrompo o carecão, nem um pouco afim de saber do sexo selvagem que eles vão ter depois daqui. — Valeu. — sussurro no ouvido de Rafael.

— De nada. — ele sussurra de volta, e eu sorrio, pensando em apresentá-lo ao Pedrinho Marciano. — Não precisamos fazer nada, se você não quiser, tá? — ele se preocupa.

— Relaxa! — dou risada.

— Você é engraçada. — ele morde o lábio bem rápido, mas pra mim foi em câmera lenta.

Uma delícia.

— Eu sei... — me gabo, tentando parecer convincente. — Brincadeira, Ped... — faço uma pausa, perplexa com o que quase falei. — Rafael.

Aí já tá apelando, né Lúcia? Vamo maneirar nessa obsessão, por favor? Brigada.

darth vader [orochinho]Onde histórias criam vida. Descubra agora