48.

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— Achei um jogo muito foda, quer jogar? — Rafael aparece em seu quarto, onde eu fuço meu celular largada na cama confortável dele.

— Achei um compilado de crianças caindo, quer ver?! — pulo da cama, mais empolgada ainda.

— Talvez depois. Vamo jogar uma partida! — ele me puxa pelo braço até o cômodo onde fica seu pc gamer *o menino se acha por causa disso, inclusive.

Não sei porque, mas lembrei da música Without Me. Não a da Halsey *apesar de que ela é um hino, mas a do Eminem. Meu sonho de adolescente era conseguir cantar ela inteirinha, sem perder o ritmo. Todo mundo da escola me zoava por isso, e a tia Martinha dizia que eu tava cantando a música do inimigo.

Era legal.

Uma coisa que me incomoda no Rafael é que as piadas dele são tipo.........massacradoras. Sério, é como se ele fizesse elas pensando em mudar a opinião de todo mundo que pensa o contrário, ou só quebrar o coração de criancinhas *é estranho eu estar pensando nisso.

— Será que da pra jogar dormindo? — pergunto inocentemente, quando Rafael indica pra eu me sentar na cadeira dele.

— Se você for sonâmbula, sim. — ele diz, seriamente *isso foi uma piada ou não?

Tá vendo?! É disso que eu to falando. Me entendem, consagrados que eu não conheço mas mesmo assim dou satisfação da minha vida?

Me encosto na cadeira, fecho os olhos e começo a roncar, só de graça. Rafael resmunga meu nome diversas vezes, enquanto me chacoalha e eu prendo a risada. Pense numa cena esquizofrênica.

— Já sei! — eu grito, tendo uma ideia do nada *uma ideia muito boa, por sinal.

— O quê, doida? — ele sorri, de sobrancelha arqueada e uma cara desconfiada.

— E se a gente fechar os olhos, respirar fundo e se beijar até o dia acabar?

— Isso fez total sentido, parabéns. — ele continua sério, o que convenhamos, é SEXY!

— Você é chato, menino! — dou um tapinha em seu ombro, indignada e tentando fazer ele me beijar *coisa que eu faria com outra pessoa há um tempo atrás, se ela não fosse tão lerda e comprometida.

— Eu sei. Você namora comigo porque quer. — ele provoca, dando de ombros.

— Claro, surtadinho... — seguro seu rosto, dando-lhe um beijo que demorou sei lá quanto tempo, isso não importa *ou talvez importe.

— Falta pouco pra eu ficar em primeiro lugar. — ele sussurra em meio ao beijo.

Aff.

darth vader [orochinho]Onde histórias criam vida. Descubra agora