darth vader [orochinho]

107.

— Bonitinho... — cantarolo, correndo pela casa a procura de Pedro.

— Oi. — ele diz, e eu procuro mais. — Não tô.

— Não se esconde da sua Lúcia. — vou até o banheiro.

— "Sua Lúcia"? — ele debocha.

— Se quiser eu posso interpretar a Barbie Mal Passada. — provoco, quase batendo nele *se eu encontrá-lo, ai que merda.

— Eu não reclamei. Você é minha mesmo. — ele diz com naturalidade, eu gargalho.

— Machista! Opressor! Prende! Algema! Pega, frita, faz purê! — grito, dramaticamente. — É o demônio! — me assusto ao esbarrar no garoto quando saio de um dos cômodos da minha humilde casa *apartamento relativamente bem mobilizado, não sei porque tô falando isso.

— Ô demente, precisa gritar assim?! — ele coloca as mãos nas orelhas.

— Precisa aparecer assim, sem avisar? Seu aparvalhado!

— ...E essas duas pessoas idiotas disseram que se amam pouco tempo atrás. — Pedro respira fundo, balançando a cabeça.

— Você não contou pra ninguém não, né?

— É proibido, por acaso? — ele debocha.

— Claro. Eu mando em você.

— E eu sou uma prostituta disfarçada. — ele continua debochando *o menino ama fazer uma graça.

— Fica de quatro! — aponto pro chão, e ele nega.

— Por que não quer que as pessoas saibam?

— Eu quero. Mas por enquanto não. Você sabe que todo mundo me vê como a sombra da Bella chatonilda. — faço um bico, emburrada.

— Nem todo mundo... — Pedro me abraça, eu arrepio *novidade. — Eu te acho a pessoa mais incrível... — ele me beija numa bochecha. — E gostosa do mundo. — e em seguida na outra, eu rio.

— Nada mais? — estranho por ele ter parado.

— Sei lá, narcisista. — ele brinca, eu reviro os olhos. — Pra mim, você é perfeita. Em todos os sentidos.

Engoli seco com esse final. Oh, mother of God! Leia isso na voz da Phoebe Buffay, brigada, de nada.

— Holy shit, my man! You're the hottest person I've ever met! — só a galera do cursinho vai entender essa.

Pedro sorri lindamente, antes de me beijar e em seguida nós dois iniciarmos uma troca de salivas deliciosa. Melhores descrições pra beijos? Só aqui, meu bem. Faz tempo que a gente não se beija, então foi mais emocionante do que pensei que seria.

Ô desgraçado de maravilhoso.

— Me diz que você falou sério quando disse que me amava. — ele diz baixinho.

— ...Foi sério. De todo meu coração obscuro. — respondo, sorrindo. — E você?

— Óbvio que eu te amo, maluca. — ele revira os olhos, me puxando de novo pra um beijo *troca de salivas delicinha.