End Game

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AVISO: capítulo com cenas +18! Demorei, mas aqui está o último capítulo dessa história linda! AMO vocês! Boa leitura e não deixem o capítulo flopar por gentileza!

Capítulo dedicado à minha leitora número um de GG DudaFerranda, a minha querida Aninhaaaa4 por ter acompanhado essa fic desde o começo e me apoiado. E também para minha melhor stanvarchie que me incentivou e encheu minha cabeça até esse capítulo ser escrito. Muito obrigada! Amo vocês!

Verônica Lodge

Dois anos depois...

Eu fui criada pra pensar que se você faz alguma coisa errada, você tem que pagar por aquilo. Eu posso até não ter ido para a prisão, mas fiquei presa em meus conflitos internos e na minha culpa.

Me sinto culpada por não me arrepender de ter matado meu próprio pai e por não ter conseguido fazer o Fred mudar de ideia. Ele está preso há dois anos e eu ainda não conseguia entender porque ele fez aquilo.

Eu sempre tentei ser uma boa pessoa, hoje eu não consigo nem me olhar no espelho, não consigo me reconhecer, reconhecer a garota que eu fui um dia. Acho que nunca conseguiria voltar a ser o que eu era e a ter minha vida de volta. Mesmo morto Hiram ainda me tirava coisas. Eu já não conseguia voltar pra casa ou encarar meus filhos e as pessoas que eu amo. Não suporto a ideia de ver Archie com Josie, reconstruindo sua vida. Mesmo se eu quisesse voltar, eu não poderia. Não com as mãos sujas pelo sangue do meu pai.

O que eu fiz não tem perdão, eu sei e já me conformei com isso. Minha mãe estaria decepcionada comigo, até mesmo envergonhada por me ver seguindo os passos do meu pai.

Hoje é dia de visita na prisão, eu vou bem cedo para não correr o risco de encontrar com Archie e sua esposa.

Fred entra na sala de visitas e sorri ao me ver. Ele parecia bem, apesar de estar preso, na verdade ele parecia em paz.

-Como você está, minha filha? –ele pergunta, após beijar minha mão.

-Quem deveria perguntar isso sou eu. –sorrio sem graça, encolhendo meus ombros. –Como você está?

-Eu estou bem, as pessoas me tratam bem aqui, a comida é boa e eu não tenho do que reclamar. Estou até ensinando marcenaria para os outros prisioneiros, fiz amizades e o diretor disse que meu bom comportamento pode reduzir minha pena. Não que eu esteja preocupado com isso, sou apenas um velho no fim da vida e não acho que reduzir alguns anos da minha pena de anos, vá fazer alguma diferença. –ele sorri tranquilo. –E você, está cumprindo a sua parte do trato?

-Estou fazendo terapia, participando dos grupos de apoio e trabalhando como voluntária no centro de apoio. Ontem Cheryl e Betty dormiram lá em casa, Sofia me ligou e Kevin quer que eu vá jantar na casa dele no domingo, quer me apresentar o namorado misterioso.

-Isso é muito bom, garota! Estou muito feliz que esteja conseguindo voltar a se relacionar com seus amigos. –seu sorriso aumenta.

-Ainda é muito difícil, mas estou tentando.

-Não pode condenar a si mesma à solidão.

-Também não posso condenar meus amigos a conviverem com uma assassina. –rebato sentindo meu peito arder.

-O que você fez não foi bonito ou certo, queria que não tivesse precisado chegar a esse ponto, mas entendo os seus motivos. Você se sacrificou pela sua família, pelas pessoas que ama, pela segurança de todos, seu pai não ia parar até destruir tudo. Fez o que achou ser o certo naquele momento, mas agora você tem que se permitir curar essas feridas. Todos estão seguros agora, o tempo e o carinho de quem te ama de verdade vai fechar todas as feridas e diminuir sua dor. –ele diz gentilmente. –E os meus netos?

Good Girl -VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora