Amor Acima de Tudo

Capítulo 1:

Música: Ronan Keating - When You Say Nothing At All.

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Christina Martin Foster, chegou em casa no final da tarde, sentindo-se cansada e deprimida, ultimamente sentia-se tão cansada e sonolenta que mal aguentava-se nas pernas ao final de um simples dia de trabalho, sentia-se mal pela manhã, com náuseas e tonturas ao levantar-se da cama, não sabia ao certo o que estava acontecendo, só sabia que as vezes lhe dava uma vontade enorme de chorar sem motivo algum, até considerou a hipótese de procurar um médico, seguir o conselho de Cristal sua irmã de criação e melhor amiga, mas estavam quase fechando um enorme negócio no escritório onde era sócia de seu marido e seu cunhado.

Daniel estava seriamente preocupado com a saúde de sua esposa, mas Christina achava que era apenas uma estafa, causada em parte pelo acúmulo de trabalho e papéis que estavam em sua mesa ao retornar de uma viagem que fizeram a Las Vegas, havia sido uma segunda lua-de-mel, passearam, divertiram-se, até mesmo arriscaram-se a jogar nos cassinos, foram dias emocionantes e excitantes.

Em parte também estava preocupada com sua saúde, tinha um medo terrível de estar doente, lembrava-se perfeitamente bem do sofrimento de Joanna, sua mãe, nos últimos dias de vida, ela teve câncer de mama, apesar de Tina não ter ficado sabendo na época, achava que em partes o que realmente matara sua mãe havia sido a decepção, a vergonha e humilhação que ela sofreu.

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Daniel Foster entrou em casa e não sentiu o típico cheirinho do jantar, estranhou, pois naquele horário Tina sempre estava com o jantar pronto para servir, Deborah, a empregada que trabalhava com eles desde que Daniel era um garoto, deixava tudo pronto no seu dia de folga, Tina apenas esquentava tudo no micro-ondas. Será que ela havia passado em algum lugar antes de vir para casa? – pensou! Não, sempre que ia a algum lugar ela o avisava, subiu as escadas em direção ao quarto do casal e a encontrou deitada na cama com apenas uma toalha enrolada em seu corpo, os cabelos ainda úmidos esparramados em cima do travesseiro.

Daniel a olhou e sentiu seu coração se encher de ternura, amava demais aquela mulher, ultimamente estava muito preocupado com a esposa, pois via que ela não estava nada bem desde que voltaram da viagem a Las Vegas, reparou que ela havia emagrecido, apesar de sempre falar que era apenas cansaço, Daniel sentia que havia algo mais, tinha medo de que fosse algo sério, mas como fazê-la entender que ela precisava procurar um médico? Christina parecia sentir aversão a médicos e hospitais, pois levou muito tempo para se recuperar da morte da mãe, que escondera da filha que estava doente.

Daniel sentia uma verdadeira compulsão em proteger a esposa, pois sabia que ela já havia sofrido muito na vida, o pai de Christina trocara a esposa e a filha por uma jovem que era apenas um pouco mais velha que a filha, abandonou as duas e as deixou praticamente na miséria, suas casas, seus carros, sua empresa, perdera tudo em função da mulher que apesar de muito jovem era fútil e interesseira.

Christina nunca conhecera essa garota, só sabia que seu pai morreu enquanto estava com ela em um quarto de motel, na época falaram que ele havia se matado pelo desgosto de ter perdido toda sua fortuna, mas Daniel não acreditava muito nessa história. Após todos esses acontecimentos, Joanna, mãe de Christina adoecera e não aguentou a doença, deixando a filha, então com apenas 15 anos sozinha no mundo. A sorte é que Cristal, irmã de Daniel e Christina eram amigas desde crianças e ela e suas primas foram as únicas que não abandonaram a garota quando tudo aconteceu, seus pais continuaram a pagar os estudos de Christina, quando Joanna morreu a adotaram legalmente como a uma filha.

Apesar de seus pais, Theodore e Marta terem adotado Christina já com 15 anos, Daniel lembrava-se dela como a menininha de tranças que era a melhor amiga de sua irmã, lembrava-se também de que Cristal e suas primas, Elizabeth e Jenny sempre iam dormir em sua casa e claro sempre traziam Christina, afinal elas se denominavam protetoras da coleguinha que era desprezada pelos colegas de escola por conta do que seu pai fizera, como se a coitadinha tivesse culpa pelos pecados dos adultos.