Não tem jeito

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Nós não nos falamos mais

Como costumávamos fazer

Nós não nos amamos mais

Para que foi tudo isso?

Estavam se preparando para uma viagem para o interior a poucas horas de distância, Hokuro sempre conseguia a convencer para essas façanhas, mas tinha de admitir que o amigo tem sido de imensa ajuda desde que haviam se mudado para Tóquio. Aquele seria um grande proveito para Pan registrar os aspectos culturais e sociais para sua pesquisa do curso de comunicação que fazia. Alguns colegas se juntaram a jornada. O metro percorria os vales verdes e pequenas cidades históricas até chegarem ao ponto final onde seguiriam de ônibus. O caminho e a bagunça eram registrados de perto por Hokuro e Pan que não perdia a oportunidade daquilo. Novos amigos, novas amigas. Trabalhos longos e penosos, grade extensa...

O curso lhe tomava boa parte do tempo e o que restava era usado para se divertir um pouco. Pouco sobrava de tempo realmente para ir a Capital do Oeste, geralmente os pais a vinham visitar, as vezes Bra e Marron davam o ar da graça também.

Marron agora estava engatada num grande atelier de costura e produções exclusivas. Como ela sempre diziam quando se encontravam "o emprego dos sonhos de milhões de meninas" e Pan sempre ria daquilo. De fato, a amiga tinha um talento inegável para aquilo. já Bra como era de se esperar, estava engatada na corporação capsula, trabalhava mais próxima do serviço que a mãe executava antes.

Naquele final de semana Bra dormiu lá no seu apartamento, depois das duas fazerem uma longa visita a Ginza onde desfrutaram de compras e mais compras, voltaram ao apê optando por comer lá mesmo, pediram algo. Pan colocava o seu mais novo par de sapatos Jimmy Choo em combinação de seu vestido de renda preto da Chanel. Tinha de admitir que casaram tão lindamente que era apaixonante.

-Quando foi que ficou tão fútil assim senhorita Son? – Bra pergunta deitada do sofá olhando para Pan desfilando frente a um enorme espelho em moldura que trouxe ali ao cômodo

-Sabe que eu não sei? – Pan sorriu – talvez seja a má influencia de garotinhas fúteis, ou a obrigação de sempre ter que estar apresentável no maldito estágio – Pan deu mais uma voltinha – gostou desses?

-Olha...não vou mentir, tem um bom gosto, finalmente tem mais do que jeans e moletons em seu guarda-roupas – riu Bra fazendo uma careta

-Chata! – fala Pan voltando ao quarto e tirando a roupa

Quando sai estava com seu short jeans e um camisetão.

-Vem, senta aqui – Bra fala puxando a amiga e estendendo o celular tirando uma self juntas com careta. – E então, me conta. Como tá a vida amorosa?

-Isso realmente existe? – Pan zomba com uma careta

-Para né? – Bra fala pegando a caixinha de comida pronta e o hashi

-Tá como sempre. Uns aqui outros ali, nada sério – fala a garota devorando um prato de comida – e você? – pergunta de boca cheia

-Eu...ah eu tô legal, sabe como é, a gente briga e depois volta – Bra suspira – é complicado – esses dias eu estava vendo suas fotos com um certo carinha...

-Que carinha? – perguntou Pan arqueando a sobrancelha

-Um garroto de cabelos pretos assim – fala Bra gesticulando – e olhos verdes, sabe, bem bonito por sinal

-Ah o Andrew – fala Pan – ele é bem legal

-Me parece mais do que isso – Bra fala com um sorriso malicioso

Meus dias com ela(concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora