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- É sério Hobi, eu fiquei em estado de choque quando ele falou aquilo - Jimin estava em uma cafeteria com seus dois melhores amigos, Hoseok e Yoongi,  ambos pediram chocolate quente.

   - Mais e o que você fez, o que mais aconteceu? - Hoseok parecia o mais empolgado.

   - Absolutamente nada, na hora que eu engasguei depois do que ele me disse, ele teve que atender uma ligação, e depois disso a secretária veio me avisar que ele teve uma emergência e não poderia me atender, que no caso a meia hora que faltava pra completar a 1 hora, eu usaria na próxima consulta, eu só aceitei e fui embora.

  - Vai me dizer que você se apaixonou pelo bonitão só porque ele falou aquilo pra você Jiminie - Yoongi fez uma careta sorrindo.

O  loiro se sentiu envergonhado, só que ele sabia que não estava apaixonado, só nenhum homem do porte de Jungkook tinha falado tais palavras em uma calma absurda, como se aquilo fosse nada de mais.

  - Amor pode parar, porque eu me apaixonei por você pelo simples fato que você não era meu puxa saco - O de cabelos pretos sorriu e abraçou seu namorado platinado que logo sorriu também.

   - Então Jiminie, quando é a próxima consulta? - O de cabelos platinados perguntou tomando um pouco do chocolate.

    - Amanhã, às sete da noite, era o único horário disponível, além disso, de manhã eu não posso.

   - E por que não? - Hoseok perguntou pegando sua xícara.

  - Vou ter a droga de um almoço em família - Jimin suspirou

   - E sabem o que isso significa? - Ambos se olharam e negaram.

    - Comentários e piadinhas homofóbicas para todo lado e eu provavelmente chutando a bunda de algum familiar metido a fodão - O casal riu e Jimin continuou sério com um biquinho.
  Só de imaginar quase todos os Park's reunidos já calzava enjôo no garoto.

(...)

Eram nove e meia da manhã, Jimin colocou uma calça preta Skinner e uma camiseta de gola branca, passou os dedos úmidos no seu cabelo, levemente os penteados pra trás, também tentando espantar os pensamentos de seu sonho estranho e quente com Jungkook.

  - Vai ser fácil Jimin, é só sorrir e comer, daqui algumas horas você vai está em casa com a sua filhinha - Depois de se encorajar na frente do espelho, o loiro encheu a tigela de ração para sua cachorrinha.

   - Me deseja boa sorte Holly, papai vai tentar voltar sem ser preso - A cadelinha só o ignorou e começou a comer.

  Jimin desceu as escadas da varanda e foi em direção ao seu carro, o dia estava ensolarado, mais não estava quente, considerou um dia excelente, sol e uma brisa fria. O garoto entrou no seu Civic 2020 e colocou uma música e foi tentando relaxar a caminho da casa de seus pais.
Chegando lá viu pelo menos três carros perto da casa grande de final de rua, que poderia dizer que eram de seus tios e de um de seus primos.
O garoto respirou fundo depois que tinha estacionado atrás do carro de seu primo mais velho, o queridinho da família, advogado, rico e bonito, mais Jimin sempre tinha o pé atrás com ele, Taemin era "perfeito" de mais.
Jimin se considerava um bom rapaz, tinha comprado sua casa e seu carro sem ajuda dos pais, saiu de casa aos 19, e agora era corretor, e não ganhava menos de 2.000, mais ele era a tal vergonha da família, porque escolheu ser quem sempre soube que seria, um homem gay e assumido.

   - Bom dia querido, quase todos chegaram antes de você - Suan era sua mãe, era uma mulher boa, mais sua bondade era diminuída e abafada por um homem machista e opressor, vulgo pai do Jimin, Park Beom-Su.

  - Bom dia mãe - Jimin abraçou a mulher e logo foi comprimentar o resto das pessoas ali.

  - Bom dia a todos - Alguns acenaram com a cabeça, Taemin foi o único que foi até o loiro.

- Bom dia priminho- Jimin odiava quando o chamavam assim, lembrava de uma pré-adolecencia não muito legal, aonde Taemin e mais dois de seus primos o forçaram beijar uma menina.

- Bom dia Taemin, como está? - O loiro tentou ao máximo ser formal e calmo.

   - Eu estou ótimo, vim de uma boate hoje e estou ainda sobre o efeito do álcool e da mari - Jimin franziu a testa, e sabia que mari não era uma pessoa, e sim, drogas.

  - Parabéns Taemin, prêmio de babaca do ano pra você, agora se me der licença, vou ajudar a minha mãe na cozinha - Não muito longe deles, seu pai gritou seu nome antes dele se retirar da sala, fazendo com que Jimin desse meia volta e o encarasse.

   - Oi pai - O homem de terno se levantou e sorriu. Falso. Pensou Jimin.

   - Deixa sua mãe e suas tias na cozinha, isso é coisa de mulherzinha, e você não quer que todos pensem que você é uma mulherzinha não é mesmo garoto? - Beom-su segurou o ombro de seu filho, o fazendo tremer ao lembrar das surras que levou quando se assumiu.

   - Na realidade pai, só um homem de verdade é capaz de saber que lugar de mulher é aonde elas quiserem e isso serve para homens também - Jimin saiu do aperto de seu pai e deu um sorriso fraco e se retirou, pelo olhar penetrante do homem mais velho, Jimin sabia que se ainda morasse com eles, ele provavelmente estaria trancado no armário no escuro, depois de apanhar muito.

Meu querido psicólogoOnde histórias criam vida. Descubra agora