Acordei sonolenta, e abri um sorriso.
O sol estava batendo em mim, e eu estava feliz por isso.
Me virei na cama, e olhei em volta, e cadê o ser humano.
Na luz do dia o apê dele fica ainda mais bonito, a minha chave estava do lado da minha bolsa, e eu ainda estava com a minha roupa de ontem.
Mas dei um sorriso bobo, e tímido lembrar do nosso beijo de ontem.
Eu não sei o porquê ele tinha a mania de sempre ser o primeiro em tudo.
E eu não sabia se isso me deixa feliz ou confusa.
Mas isso não importa, o que importa é que eu o amo, e que nossa amizade importa.
De depende ele entrou no quarto, com cadê em suas mãos e uma bandeija de isopor.
- porque meu pai deixou eu dormir com você?
Ele sorriu.
- bom dia, coração - ele disse arqueando a sobrancelha - dormiu bem?
Abri um sorriso.
- bom dia, dormi e sem você meu amor?
Ele se sentou ao meu lado.
- dormi e sim, eu pedi pro teu pai.
- ele deixou?
- deixou, só não conta para ele que te agarrei de noite.
- bobão.
Dei um tapa em seus braços.
- vai derrubar o café.
Ele resmungou, e eu peguei de sua mão um e provei estava do jeito que eu gostava.
- o que vamos fazer?
- vou te levar para comprar as coisas do apê.
Dei um sorriso de lado.
- e a sua mãe?
- é só uma olhada, e ela vai me ajudar também.
Minha tia ia ficar brava se ela não ajudasse na casa.
- fechei o contrato ontem, e hoje eu já vim ver.
- não vai se mudar vai?
Ele negou.
- preciso de alguns itens antes.
Mordi meu lábio..
- você vai ficar longe de mim.
- eu não vou estar longe, é perto da minha faculdade que consequentemente perto da tua escola.
Fiz um bico e provei um pouco do café
- ei, mas por enquanto isso é nosso segredo.
Abri um sorriso.
- sou péssima em guardar segredos.
- esse você vai ter que ser boa.
Tomamos o café em silêncio, aproveitamos o sol que entrava pela janela.
- cortinas.
Ele me encarou
- cortinas?
Peguei seu rosto e o virei para o sol.
- não é bom?
- é, mas você precisa de cortinas.
- você sabe o que precisa não é?.