Acordei animada, hoje o Ben ia tirar o gesso, e isso era a melhor coisa possível.
Eu acordei e fui fazer o café, nós estávamos fazendo rodízio de casa, então cada hora ele estava em uma casa diferente.
Ele dizia que era bom para distrai.
E eu adorava, hoje estávamos em casa.
Eu estava mais animada que ele, eu estava toda saltitante.
- vou parar de ser mimado.
Foi a primeira coisa que ele resmungou, quando me viu entrando com o café.
- não é verdade, tua mãe te mima.
- de você.
Abri um sorriso.
- você pode chamar a enfermeira aqui algumas vezes, se você quiser
- quero todo dia.
- não estamos juntos todos os dias
- não, por isso que eu quero.
Abri uma sorriso
- gostou de ser o centro das atenções é?
- gostei.
Ele disse divertido.
- eu também quero carinho.
- então vem aqui.
Eu abri um sorriso de lado, meio com medo do que ele podia fazer.
- senta no meu colo.
Eu o fiz.
Ele me olhou nos olhos, e deu um sorriso safado, antes de devorar meus lábios em um beijo.
Mas, ele parou, e me abraçou e ficamos ali por longos minutos.
- vamos se atrasar.
- tô te dando carinho.
Fechei meus olhos, até ouvir baterem na porta.
Benjamin gritou entra, e logo vimos minha mãe.
- vamos ter que sair um pouco mais cedo, está trânsito, então se pegam depois.
- nós não estamos se pegando.
Minha mãe sorriu.
- eu sei.
Ela saiu do quarto, e levou as coisas do café.
- estamos atrasados.
Fiz um bico, e fui me trocar.
Benjamin tinha inventado uma técnica para se trocar sozinho.
- vai pro Alasca?
Ele perguntou assim que me viu saindo do banheiro.
- tá frio.
- tanto assim?
Eu assenti, ele negou com a cabeça.
- você vai passar calor.
- não vou não.
Minha mãe atrapalhou a nossa discussão sobre roupa, e frio, e nos fez ir para o médico, pegamos trânsito, mas por sorte chegamos no horário.
- odeio que me coloquem nessa cadeira.
- última vez amor.
Benjamin odiava ter que sentar na cadeira de roda.
- eu sou pesado para você ficar me empurrando.
- aí amor eu não me importo.
- devia se importar sim.