Fechei meus olhos quando a claridade que entrou pelo quarto.
Dei um suspiro.
- Benjamin.
- vocês estão atrasados.
Meu pai, e eu abri o olho dessa vez.
- pai?
- vocês já estão dormindo juntos, isso é um bom sinal
Ouvi uma risadinha do Benjamin.
- fica deitada, não levanta rápido não, vai ficar tonta.
- ele tem razão.
Meu pai sussurou
- além do mais, você devia marcar uma consulta, para ver se você tem labirintite.
Dei um sorriso.
- vou procurar saber sobre.
- se não marcar, tua mãe vai
Bufuei.
- vai comigo?
- se eu não estiver trabalhando, vou adorar ir.
Ele acaricou a minha perna.
- vai trabalhar que dia?
- vou viajar semana que vem
- o que?
- negócios, tenho que ir.
Mordi meu lábio pensativa.
- vou marcar para depois.
- uma semana.
- tudo isso?
Resmunguei.
Ele assentiu.
- ah não, você tem que ficar comigo...
- vou trabalhar, Aimee, tenho que ir.
Bufei.
Olhei a hora, e decidi ir levantando.
- isso não vai nos afastar.
- mesmo?
- não fiquei com ninguém desde que nós separamos, e não quero.
- você fica jogando charme.
Ele sorriu.
- eu gosto de jogar charme, mas não pego ninguém desde que começamos a se relacionar.
- eu estraguei tudo.
Resmunguei baixinho.
- não é culpa sua, - ele mordeu seus lábios - eu acho que eu faria a mesma coisa se estivesse no seu lugar.
Ele sorriu
- não quer eu ligue que meu amigão vaze, mas ligo que sua amiguinha vaze, ela é minha, só minha
- ela é de ninguém atualmente.
Era estranho falar assim da minha vagina.
Ele levantou, e me abraçou por trás.
- frase errada, gata.
- qual parte?
- eu sou o dono dela.
- não é meu dono?
Ele negou
- você é minha, mas não sou seu dono.
Abri um sorriso e o abracei.
Benjamin me apressou para tomar banho, e quando eu saí do mesmo ele não estava mais lá.