Arizona Robbins
Uma semana se passou desde o falecimento de minha mãe, eu estou melhor, acho que finalmente entendi que ela precisava descansar. Thimothy conseguiu um apartamento no centro da cidade, e vai ser maravilhoso estar mais perto dele, ele vem semana que vem para cidade. Hoje eu volto ao trabalho, acho que trabalhar vai me ajudar mais ainda nessa fase de superação.
Eu já estou aqui na sala esperando meus alunos entrarem, hoje a regra de ter que entrar antes de mim está suspensa porque eu não aguentaria esperar o tradicional hino dos dias de segunda feira.
As duas primeiras aulas foram tranquilas, só estranhei a ausência de Callie, ela não é de faltar e nem me avisou nada. Mas procuro não pensar muito nisso e continuo minhas aulas do dia.
As onze horas, eu estava saindo da escola e vi o carro do Senhor Torres saindo da escola e, por sorte, Addison estava saindo também.
- Montgomery! - chamei.
Ela pediu licença para as meninas e andou até mim, eu estava encostada no carro.
- Oi, professora Robbins. - disse sorrindo.
- Callie esteve hoje na escola depois da minha aula?
Ela arregalou os olhos.
- Não, professora, mas - hesitou respirando fundo.
A olhei confusa.
- Mas? - a incentivei.
- A mãe dela, ela... - foi interrompida.
- Robbins, por favor, afaste-se da aluna.
Tia Miranda, que era minha chefe, falou baixo se aproximando de nós, eu a olhei confusa e Addison pediu desculpa se afastando.
- O que está acontecendo? - questionei.
- Vamos até a minha sala.
Tia Miranda disse e virou de costas seguindo até sua sala, eu tranquei o carro novamente e a segui. Quando entrei, que ela ouviu o barulho da porta, parecia que eu tinha apertado o play.
- Eu trago você pra cidade, te do de um tudo, te do emprego, e você simplesmente resolve jogar tudo pro ar se envolvendo com aluna? O pior, a Torres! - meu corpo gelou, não tive reação. - Você sabe o que a mãe de Callie pode fazer com a escola e com você, Arizona? Você sabe? Ela é menor!
Eu coloquei a bolsa na cadeira e cruzei os braços.
- Tia, olha, eu sei que eu errei. Mas a Callie não é uma criança, ela sabia o que queria para vida dela, eu acho que a minha vida fora da escola não deveria interferir em nada.
- Só que interfere, Arizona! Ela é sua aluna. - Tia Miranda estava realmente brava.
- Aqui dentro! - quase gritei. - Lá fora ela é a minha namorada.
Minha tia me olhou por breves segundos e respirou fundo.
- Você não pode mais dar aulas para a turma da Callie, Arizona. E você vai largar as turmas da manhã e assumir as da tarde.
- O quê? - perguntei sem acreditar.
- Era isso ou a escola seria processada e você também.
- Isso é ridículo! - peguei minha bolsa e saí em direção ao meu carro.
Eu só conseguia pensar em como a mãe de Callie ficou sabendo disso, no porque Callie não me contou, eu só conseguia pensar que provavelmente até a minha namorada eu iria perder.
Tem vezes na vida que eu acho que o universo conspira para tudo dar errado para mim.
E, de repente, enquanto dirijo esse carro, a velha sensação de vazio me atingiu, eu tinha perdido minha mãe, meu pai, mas eu tinha Calliope, eu tinha ela para me amparar, ela que mesmo mais nova me fazia a admirar com sua maturidade para cuidar de mim.
Eu não sei como essa história vai terminar, eu só sei que eu não quero e não vou perder a minha namorada. Eu relutei contra meus sentimentos por Calliope para agora isso acontecer.
Desde que saí da escola eu tentei ligar para ela mas em nenhuma das vezes ela me atendeu. Eu só preciso saber que ela está bem, que está tudo bem.
Eu sempre achei que quando tudo viesse a tona, eu teria medo de perder meu emprego e destruir minha carreira, mas minha única preocupação no momento é como os pais de Calliope reagiram ao descobrir isso, se ela está bem, se está de castigo, se os pais dela me odeiam, como tudo está na casa dela.
E são com esses pensamentos que eu acabei de parar em frente a casa dos Torres.
Depois de respirar por cinco minutos dentro do carro, crio coragem e caminho até a porta e travo diante dela.
" Já perdi coisas e pessoas demais para perder a pessoa que eu amo." - pensei.
E com esse pensamento criei forças para bater na porta. Que não demorou a ser aberta.
- O que você faz aqui?
Continua...
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Professora Robbins
FanfictionO que fazer quando você se apaixona perdidamente pela professora nova?