Capítulo XIII

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Arizona Robbins

Não acredito que ela está me ligando, depois de dias ela resolveu me ligar, e justamente agora que estou aqui com Calliope.

- Não vai atender? - Callie me perguntou.

Não queria que ela soubesse o motivo pelo qual eu e Eliza terminamos. Pelo menos não agora. Passou e eu tenho coisas melhores para tratar.

- Ninguém importante. - guardei o celular na bolsa.

- Certeza? Não tem que dispensar suas ligações só porque está comigo.

Continuamos caminhando e chegamos até o estacionamento da escola.

-  Não é realmente ninguém importante. - sorri.

- Tudo bem, e nosso encontro?

- Sabe aquela praça perto da nossa rua? - eu assenti - vamos nos encontrar lá do outro lado.

- Por mim, tudo bem.

- Nos vemos amanhã então.  - dei um beijo na bochecha dela.

- Não vai me dar nem um selinho?

- Querer, eu quero. - ela sorriu. - mas aqui não é o lugar certo pra isso.

Abri a porta traseira do carro e guardei minhas coisas. E me virei pra ela que estava com um bico adorável nos lábios.

- Você é muito certinha, Ari.

Eu ri. E avistei Addison mas afastada de nós.

- Você que não tem juízo nenhum, mocinha. Sua amiga está alí, vai lá. - apontei.

Entrei no carro e sai, pelo retrovisor vi Addison se aproximando dela.

Ah, Callie...

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Callie Torres

- Você é maluca, Callie?

Addison chegou ao meu lado brigando comigo.

- Fica calma, Addie. - eu estava tão feliz que não queria mesmo brigar.

- Não me manda ficar calma, cara. Você simplesmente saiu da sala da Robbins, aonde esteve esse tempo?

Acabei sorrindo por lembrar aonde eu estava. Mas tinha que me lembrar de tudo que Robbins falou pra mim.

- Eu estava estressada, por isso sai da sala.  Fui pra direção e Arizona apareceu lá e me levou pra sala da psicóloga pra repor a aula que eu saí. E..- sorri.

Fiz suspense.

- E o que, porra? Fala! - Addison estava muito curiosa. Eu sorri. - Não me diga que vocês...

- Não! Nós conversamos. Nada demais. - gargalhei.

- E a aula?

- Que aula, Addie? Eu convenci ela a tentar dar uma chance para nós duas - Addie ficou boquiaberta - nós quase nos beijamos, e o mais importante de tudo, vamos ter um encontro. - eu tô feliz demais.

- Não tô entendendo. Você tem um encontro COM A ARIZONA?

Tapei a boca dela correndo.

- Quer um microfone?

- Não tô acreditando - ela riu - quando vai ser?

- Amanhã a noite.

- Você é louca! Seu pai pirou quando te viu com a Penélope, imagina se ele descobre que você vai ter um encontro com a Professora Robbins, a sua mãe surta e ele te mata.

- É muito simples resolver isso.

- Como? - ela ergueu uma sobrancelha.

- Apenas não digo. Agora, vamos embora. - ri

- Você é demais, garota! - Addie falou me dando um tapa e nós rimos.

/*/

O dia seguinte passou muito rápido, não vi Arizona pela escola, eu estava feliz e nervosa ao mesmo tempo, a praça essa época do ano é realmente muito linda. A iluminação perfeita, tudo perfeito pra encontrar a Robbins.

Cheguei cinco minutos adiantada na praça por tamanha ansiedade, sentei no banco e fiquei vendo o céu.

5 minutos depois, Robbins se sentou ao meu lado, pontual. Eu sorri.

- Eu to atrasada? - ela riu com suas covinhas perfeitas.

Ela estava tão linda com uma calça jeans e aquela camisa de manga cumprida preta com um decote maravilhoso.

Nem parece professora do ensino médio.

- Eu que me adiantei, você está linda.

Tentei quebrar o gelo.

- Você está radiante! - sorri - Prefere ficar aqui sentada? - ela perguntou.

- Sim,  daqui a pouco a gente anda um pouco e tomamos um sorvete. - ela assentiu.

- Bom, a gente. - ela retirou o celular do bolso que parecia tocar, e o desligou.

Eu revirei os olhos e respirei fundo.

- O que tanto tem nesse celular que você não atende na minha frente?

- Nada, só meus problemas.

- Ah, Arizona, se você realmente quer isso como eu, eu preciso saber quem te perturba.

Eu precisava saber.

- Ok, você tem razão. Precisamos ser honestas. Isso é importante, mas eu não queria trazer meu passado para nosso presente.

Ela falou e colocou suas mãos geladas no meu rosto, eu fechei os olhos e sorri, facilmente eu poderia me acostumar com todo esse carinho.

- Eu entendo você, mas preciso saber dessa pessoa que tira sua paz te ligando, querendo ou não preciso ter uma base do seu passado. E você pode saber do meu se quiser.

Dessa vez, eu acariciei o rosto dela.

- É a Eliza que tá me ligando.

- O que ela quer?

- Ela quer voltar.

Meu estômago revirou.

- E você?

- Nós temos objetivos diferentes, queremos coisas diferentes, eu não posso ficar com alguém assim. Eu quero filhos um dia, ela nem sonha com isso.

Eu percebi mágoa na voz de Ari.

- Ei - ela me olhou - eu sei que deve ter sido bem triste, mas olha só, você hoje está comigo, estou aqui para preencher o lugar que essa mágoa habita e te fazer muito feliz. - ela me olhava com os azuis brilhando e sorriu. - e sabe do melhor? - elevei minhas sobrancelhas.

Ela riu.

- O quê?

- Eu quero muito ter filhos.

- Mesmo?

- Sim, e não falo só pra te agradar, pode perguntar a todo mundo sempre comento sobre isso.

Ela deu um lindo sorriso e eu me aproximei dela deixando nossos rostos bem pertos...

Professora Robbins Onde histórias criam vida. Descubra agora