Arizona Robbins
Depois do maravilhoso ocorrido com Calliope, eu tinha um tempo livre antes de dar minha última aula do dia então resolvi sentar na sala dos professores e dar uma olhada em alguns trabalhos enquanto isso.
O problema é me concentrar sabendo que Callie está agora mesmo num justo short de educação física e na regata da escola na quadra acima de nós. E cá entre nós, a bunda de Calliope é maravilhosa.
Estou agora mesmo com a caneta na boca imaginando.
- Robbins?
Sou arrancada dos meus pensamentos por Carina. A encarei e sorri.
- Oi, Carina.
- Você estava viajando aí. - a observei ir até a máquina de café. - Aceita?
Neguei com a cabeça.
- É, estou com uma aluna na cabeça. - ri da minha própria cara de pau.
De Lucca se sentou ao meu lado.
- É muito complicado trabalhar com adolescentes, eles se acham adultos.- respirou fundo.
- Eu acho que temos que saber lidar com eles.
- Isso é o que eu digo. Mas, às vezes...
Eu acabei rindo.
- Você tem quantos anos, Arizona?
- Que indelicada! - me finge de ofendida.
- Robbins, não, eu não quis...
Gargalhei e bati na sua perna.
- Estou implicando com você. - ela respirou fundo colocando a mão nos peitos numa falsa dramatização- eu tenho vinte e oito, e você?
- Eu fiz trinta mês passado. Você ainda é nova.
- Dois anos de diferença, vai exagere.
Rimos e continuamos numa conversa animada, Carina é uma ótima pessoa, estamos nos dando super bem. Até que bateu o sinal e eu fui dar minha última aula.
Ao entrar na sala recebi uma mensagem.
" Precisamos conversar! Beijos, Eliza."
Estranhei, depois responderia.
Uma hora antes.
Callie Torres
- Torres, por quê você tá andando assim?
- Assim como, Yang?
Nenhuma palavra me definia mais do que dolorida, Arizona estava realmente com raiva, era compreensível, eu provoquei, mas caralho! Estou dolorida.
-Igual uma pata! Você deu? Deu, né!
- Cristina!!
- Ih, relaxa, Torres. Bom, acho que já relaxou, né!
Eu bati nela e ela saiu rindo, e logo Addison parou do meu lado.
- Escola não é lugar para isso!
- Você vai me dar sermão? - arqueei uma sobrancelha.
- Só saiba que vocês precisam tomar cuidado. Mas como foi?
- Maravilhoso. - sorri.
Por sorte, ou azar, ainda não decidi, era só queimada a educação física, eu joguei um pouco e fingi cólica para ficar sentada.
Agora
Depois da aula de educação física, minha turma foi liberada, nem deu para eu me despedir de Ari ela estava dando aula, eu vim direto para casa.
Para minha surpresa, meu pai estava em casa e disse para eu sentar que vamos conversar, eu sei o assunto mas eu tô sentada aqui há quase 10 minutos e ele não falou nada.
- Pai, já que o senhor tá inseguro em falar comigo, me deixa tomar pelo menos um banho.
- Você gosta de meninas? - ele perguntou rapidamente.
Eu o encarei.
- O quê?
- Eu vi você com Penélope. Você é lésbica?
Eu me remexia no sofá, eu sabia que íamos conversar, eu sabia, mas ele estava sendo direto.
- Pai...
- Callie, eu estou sendo direto, só seja direta também.
Eu respirei fundo.
- Eu sou bi, pai. Eu sinto atração por homem e mulher.
Ele cruzou a perna num clássico gesto de tentar me intimidar.
- E você está com Penélope?
- Não, pai, Claro que não.
Ele respirou fundo, eu não entendi.
- Você sabe o que a sociedade acha disso e como tratam, certo?
Eu passei a mão pelos meus cabelos, respirei bem fundo e tentei buscar as palavras certas.
- Pai, eu não ligo. Eu sou assim, eu me orgulho disso. Homossexualidade não é uma doença, sabe? Eu não tenho que me preocupar com a sociedade. Se eu viver tentando agradar a sociedade, eu não vou ser eu. E não sermos nós mesmos não é uma marca Torres. Certo, Sr Torres?
Ele riu e afirmou. Ele parecia pensar, considerar minhas palavras.
- Eu conversei com uma pessoa esses dias. - meu pensamento foi em Arizona. - ela disse que minha relação com você estava em minhas mãos. - ele respirou fundo mais uma vez, estava claramente nervoso.- Filha, eu nunca quis isso pra você, nunca imaginei a minha menina beijando outra menina. Mas acima disso, eu nunca imaginei a minha vida sem você depois que você nasceu...
Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Papai...
- Escuta. - ele tossiu, tentando parecer durão. - A sociedade não vai ser boazinha com você, mas eu vou estar aqui. - meu coração se aqueceu. - E outra coisa, as mulheres que você se envolver, as respeite, dê carinho e atenção. E quando não estiver dando mais, converse.
Eu já estava cotando desde o " vou estar aqui com você." Eu só corri até a poltrona dele e o abracei.
- Eu te amo tanto, papai.
Ele me apertou.
- Eu te amo. Só, por favor, Penélope não.
Eu gargalhei.
- Penélope não. - levantei a mão em juramento.
- E não se anime, você ainda vai conversar com Dona Lúcia. Eu não posso esconder nada de minha esposa.
Eu o olhei assustada.
- Você pode estar comigo?
- Claro. - beijou minha testa. - Uma pena Arizona ser sua professora, ela é uma pessoa boa. Mas seria inadmissível isso.
Meu coração se apertou de novo.
- Uma pena papai...
Uma pena o senhor achar isso.- pensei.
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Professora Robbins
FanfictionO que fazer quando você se apaixona perdidamente pela professora nova?