Sete

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Cheguei a pensar que ele não queria minha companhia naquela noite; conversamos apenas quando chegamos e depois disso, me vi obrigada a aceitar dançar com alguns caras estranhos (bem gatos) para não ter que ficar sozinha

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Cheguei a pensar que ele não queria minha companhia naquela noite; conversamos apenas quando chegamos e depois disso, me vi obrigada a aceitar dançar com alguns caras estranhos (bem gatos) para não ter que ficar sozinha.

Quando o vi se aproximar tão rápido de mim, pensei que me chamaria para ir embora.

– Senhorita Laila, me daria a honra de dançar contigo?

O quê?

– Honra? – Repeti ainda incrédula – Pensei que não me chamaria para dançar.

– Como poderia voltar para casa sem dançar com a senhorita?

Eu não sabia se ele tinha se transformado completamente na viagem ou se estava sendo legal por estarmos com tantas pessoas, mas eu estava gostando daquilo. Ele não me empurrou quando o abracei, não me mandou calar a boca na carruagem e não me olhou feio quando tomei a muleta de sua mão. Ele até sorria às vezes.

– A senhorita está muito bonita hoje – Ele comentou quando começamos a dançar.

– Obrigada. É uma pena que eu não possa dizer o mesmo de você.

– Por quê? – Ele pareceu espantado.

– Porque você é bonito sempre – Deixei escapar – e você já deve saber disso.

Ele parou de dançar por um breve momento, sem tirar os olhos de mim.

– A senhorita...

– Laila – Interrompi – Apenas Laila.

– Tudo bem, Laila. Você me acha bonito?

– Sim, mas ninguém precisa saber.

Ele sorriu e não disse mais nada. Quando a música acabou sorrimos um para o outro, ainda em silencio e em seguida me aproximei dele.

– Eu não sabia que um baile poderia ser tão cansativo – Comentei segurando seu braço.

– Você quer voltar para casa?

– Não quero, estou gostando muito de tudo, mas estou muito cansada. As minhas pernas estão doendo.

– Ainda teremos muitos bailes para ir, não se preocupe – Disse com um sorriso fofo.

– Tudo bem.

Nos despedimos de algumas pessoas mais próximas a família de Henry e depois de Richard, que insistiu para que passássemos a noite em sua casa e me elogiou exageradamente como sempre fazia, e eu amava isso.

Estávamos esperando a carruagem do lado de fora da casa, o frio me fazia tremer e eu desejei estar na cama macia da casa do Henry. Um vento forte bagunçou meu cabelo, jogando alguns fios sobre o meu rosto. Fechei os olhos e segurei meus braços tentando me esquentar. Abri os olhos novamente quando senti o toque dos dedos de Henry na minha testa, ele afastou a mecha de cabelo do meu rosto colocando-a no lugar e depois colocou a mão no meu ombro, estava tão quentinha.

Não Sei Como VoltarOnde histórias criam vida. Descubra agora