Laila é uma jovem brasileira que se mudou para a Inglaterra com os pais, vivia uma vida solitária, mas normal. Contudo algo inesperado acontece... Henry, um inglês abastado, acostumado com a solidão tem uma bela surpresa em sua triste vida.
Direit...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Cheguei a pensar que ele não queria minha companhia naquela noite; conversamos apenas quando chegamos e depois disso, me vi obrigada a aceitar dançar com alguns caras estranhos (bem gatos) para não ter que ficar sozinha.
Quando o vi se aproximar tão rápido de mim, pensei que me chamaria para ir embora.
– Senhorita Laila, me daria a honra de dançar contigo?
O quê?
– Honra? – Repeti ainda incrédula – Pensei que não me chamaria para dançar.
– Como poderia voltar para casa sem dançar com a senhorita?
Eu não sabia se ele tinha se transformado completamente na viagem ou se estava sendo legal por estarmos com tantas pessoas, mas eu estava gostando daquilo. Ele não me empurrou quando o abracei, não me mandou calar a boca na carruagem e não me olhou feio quando tomei a muleta de sua mão. Ele até sorria às vezes.
– A senhorita está muito bonita hoje – Ele comentou quando começamos a dançar.
– Obrigada. É uma pena que eu não possa dizer o mesmo de você.
– Por quê? – Ele pareceu espantado.
– Porque você é bonito sempre – Deixei escapar – e você já deve saber disso.
Ele parou de dançar por um breve momento, sem tirar os olhos de mim.
– A senhorita...
– Laila – Interrompi – Apenas Laila.
– Tudo bem, Laila. Você me acha bonito?
– Sim, mas ninguém precisa saber.
Ele sorriu e não disse mais nada. Quando a música acabou sorrimos um para o outro, ainda em silencio e em seguida me aproximei dele.
– Eu não sabia que um baile poderia ser tão cansativo – Comentei segurando seu braço.
– Você quer voltar para casa?
– Não quero, estou gostando muito de tudo, mas estou muito cansada. As minhas pernas estão doendo.
– Ainda teremos muitos bailes para ir, não se preocupe – Disse com um sorriso fofo.
– Tudo bem.
Nos despedimos de algumas pessoas mais próximas a família de Henry e depois de Richard, que insistiu para que passássemos a noite em sua casa e me elogiou exageradamente como sempre fazia, e eu amava isso.
Estávamos esperando a carruagem do lado de fora da casa, o frio me fazia tremer e eu desejei estar na cama macia da casa do Henry. Um vento forte bagunçou meu cabelo, jogando alguns fios sobre o meu rosto. Fechei os olhos e segurei meus braços tentando me esquentar. Abri os olhos novamente quando senti o toque dos dedos de Henry na minha testa, ele afastou a mecha de cabelo do meu rosto colocando-a no lugar e depois colocou a mão no meu ombro, estava tão quentinha.