Quinze

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Minha vida mudara completamente, eu já não trabalhava na biblioteca, já não morava com meus pais e a minha única companhia era a Poli, minha cadela

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Minha vida mudara completamente, eu já não trabalhava na biblioteca, já não morava com meus pais e a minha única companhia era a Poli, minha cadela.

Eu economizei todo o meu dinheiro durante um ano e meio e finalmente consegui abrir uma loja de roupas em uma rua movimentada de Dover. Eu não era rica, mas estava bem de vida.

Quando voltei para a minha antiga vida, caí no meio da sala da casa dos meus pais, Alice e Tyler estavam sentados no sofá, convidando o papai e a mamãe para o casamento deles. Os quatro me encararam surpresos. Tive que contar a verdade a eles, mesmo sabendo quais seriam as consequências. Minha mãe demorou a acreditar, passou quase um ano marcando terapias para mim, mas no fim se convenceu de que não havia outra explicação para o que havia acontecido. Todo o tempo que fiquei desaparecida, o fato de não haver imagens da minha saída da biblioteca naquele dia, as roupas que eu usava quando voltei, a forma como apareci em casa

Ali e Tyler ficaram muito felizes com o meu retorno e até me convidaram para ser uma das madrinhas do casamento - que aconteceu um mês depois do meu "pouso" forçado.

Fui várias vezes na biblioteca para tentar descobrir como havia viajado no tempo, mas nada parecia estar errado e isso me deixava ainda mais confusa. A saudade que eu sentia já não cabia em mim; eu esperava todos os dias por um milagre, uma oportunidade de voltar, mas nunca acontecia.

 A saudade que eu sentia já não cabia em mim; eu esperava todos os dias por um milagre, uma oportunidade de voltar, mas nunca acontecia

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A bebê de Alice e Tyler tinha acabado de nascer e eu precisava visitá-los no hospital. A gravidez foi complicada e tínhamos medo de dar algo errado durante o parto, mas felizmente deu tudo certo. Ela a segurava nos braços quando cheguei, ainda deitada na cama do hospital, estava pálida e cansada; Tyler também parecia cansado, os olhos estavam vermelhos e inchados. Passaram a noite em claro esperando o momento certo para que a pequena July pudesse nascer, o que só aconteceu pela manhã.

Ao ver Jully dormindo, foi impossível não me lembrar da primeira vez que vi John, a primeira vez que senti seu toque, seu cheiro. Lágrimas de saudade e de alegria misturavam-se no meu rosto e tiravam-me o ar.

Todos ficamos aliviados com a notícia do nascimento apesar de prematuro, afinal a gestação poderia ficar ainda mais arriscada para ambas.

Alice já estava no hospital há alguns dias e Tyler a acompanhou o tempo inteiro então não tinham preparado nada para a chegada de July, ninguém esperava que nascesse dois meses antes do previsto. Quando saí do hospital, fui direto para a casa deles para ajudar a mãe e a irmã de Tyler a arrumar o quarto para receber a caçula da família. A mãe de Alice morava em outra cidade e não conseguiu chegar a tempo de assistir o parto.

Não Sei Como VoltarOnde histórias criam vida. Descubra agora