Seis

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Quando Richard voltou para sua casa, Laila não parava de falar sobre ele

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Quando Richard voltou para sua casa, Laila não parava de falar sobre ele. Ela estava sorridente e sempre falava o quanto ele era educado e divertido e no dia seguinte ela me pediu para ensiná-la dançar, pois estava ansiosa p ara o baile e queria impressionar o Richard em sua primeira dança. Em apenas dois dias ela se transformara de triste e infeliz para uma mulher bem-humorada e apaixonada.

- Ele é tão bonito e elegante. Espero conseguir impressionar no baile - Ela disse depois que lhe ensinei a postura correta para uma dança lenta.

- Não é correto uma moça jovem como a senhorita demonstrar seus sentimentos a um rapaz solteiro como eu - Repreendi.

- Sentimentos? Eu só estava elogiando. Mesmo sem querer, ele me faz pensar que eu sou mal-educada.

- E a senhorita tem toda razão.

Ela me olhou, irritada e logo depois iniciamos a tentativa de uma dança decente. Ela se desculpava cerca de dez vezes a cada hora, por ter pisado no meu pé ou esbarrado em mim, me fazendo cambalear e até mesmo cair sobre o carpete da biblioteca.

- Por que escolheu me ensinar aqui na biblioteca? - Ela perguntou no fim da segunda aula, quando estava começando a se parecer com uma dama.

- É um cômodo reservado e temos um bom espaço disponível.

- Entendo, mas aqui não tem um salão de baile?

- Há um salão sim.

- E por que não me mostrou? Podemos ir para lá? - Ela fez um sinal estranho com a boca, parecido a um bico de pato.

- O salão de baile não é aberto desde a morte da minha irmã.

Ela pensou por um momento e logo voltou a falar, tentando parecer natural.

- Além da dança, o que mais eu tenho que aprender?

- Boas maneiras - Respondi rapidamente.

- Eu não sou mal-educada.

- Eu não tinha a intenção de ofendê-la, mas a senhorita tem um comportamento muito diferente do das outras moças.

- E como é o comportamento delas? - Perguntou friamente.

- Digno da admiração de todos os cavalheiros. Olhar calmo, voz doce, talento, sorriso encantador, movimentos delicados e elegantes, fazem toda diferença.

- Eu posso tentar, mas você vai me ajudar, Henry.

- Henry? A senhorita se considera muito intima a mim.

- Bruto - Ela murmurou.

Depois de alguns dias sem um progresso significativo, me senti mais uma vez na obrigação de tentar transformá-la em uma dama. Terminado o café da manhã, seguimos para a biblioteca.

Mary já nos esperava lá com o violino na mão (era muito talentosa). Ela sabia o quanto eu gostava dos dias chuvosos, então abrira todas as cortinas, nos permitindo ver a leve chuva que caía.

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