Que eu nunca aceitei muito bem a morte da minha avó é fato! Mas com o tempo aprendemos a lidar com a falta. Aprendemos que nada é eterno e que tudo bem, pessoas nascem e morrem a todo tempo.
Depois de alguns anos que minha avó morreu, por volta dos meus 15, 16 anos. Eu decidi que não queria mais ser assim: compulsiva por sexo. Então procurei uma igreja para me curar. Como já comentei aqui, minha avó era uma pessoa muito religiosa. Eu, no entanto…
Comecei a minha busca pela cura divina frequentando a igreja católica, pois era a qual minha avó ia. Não adiantou. Dois dias depois eu estava com tanto tesão que sai da missa para transar. Fiquei muito desapontada comigo mesma por que eu realmente queria de desse certo.
Na semana seguinte comecei a frequentar a igreja evangélica. Sentei e me abri com o pastor, disse querer ser curada e ele disse que “tiraria essa maldição de mim” e que “o demônio não teria mais poder sobre a minha vida”. E vemos que não funcionou, afinal, eu continuo querendo transar loucamente a cada momento do meu dia.
Nós dias que seguiram, minha menstruação veio. Esse é um dos poucos períodos da minha vida em que eu não tenho vontade de transar. Estranho né? Mas eu me encho de culpa e fico super deprimida ao ponto de só sair do meu quarto para tomar banho e comer. É uma fase bem complicada para mim, talvez porque eu costume não ser sentimental e durante uma semana sinto tanta coisa que não consigo controlar. A única vontade que sinto é de chorar e de me entupir de doce.
Quando a “semana tortuosa” acabou voltei a me empenhar na minha busca pela cura. Olhando agora que já passou, tudo aquilo foi muito ridículo. Chega a ser cômico. Eu estava realmente empenhada na busca de algo que era simplesmente impossível de ser encontrado. Fazer o quê? A ninfomania afeta tanto a gente que nos deixa louca.
A minha jornada maluca continuou por meses afins, procurei budistas, espíritas, umbandistas, candomblezeiros, protestante e muitas outras religiões de modo a promover a minha cura milagrosa e como podem imaginar, não obtive resultados. Alguns me olharam como seu eu fosse louca (e talvez eu estivesse ficando), outros me encaravam por um tempo ou riam. Foi assim até eu desistir. Percebi que não tem nada de tão errado comigo e resolvi voltar a medicina.
Voltei a consultar com a psicóloga da escola, nos víamos todas as quartas. Ela era uma velhinha muito simpática, e muita das vezes paciente, pois eu pouco colaborava com ela.
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Ninfomaníaca
ContoCompulsão sexual, vicio em sexo, loucura. Chame como quiser. Mas acredite, sexo não é tudo, e a vida de uma ninfo não é fácil. Me chamo Angeline, mas me chamam de Angel. Eu sou filha de um major e uma médica, e vivo em Boston, minha vida nunca foi u...