Os jovens dessas famílias são apenas pessoas que cometeram muitos erros, mas estão tentando viver suas vidas sem a influência do seu passado ou das más decisões tomadas nas horas erradas, mas como tudo sempre volta e volta de uma forma tão brutal e...
"Eu estou tão, tão, tão, tão, tão, tão indiferente a essa merda Eu sou louco, estou fodido, estou fora da minha mente Eu digo que te amo e minto todas as vezes" Sososo—Croosh
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois que o nosso pai começou a se envolver com a mãe do Scott e eles começaram a namorar, nossa vida mudou totalmente, compramos uma casa maior e mais bonita do lado mais nobre desse fim de mundo que chamamos de lar e começamos a participar de eventos chiques que era destinado apenas aos riquinhos que perambulavam por aqui.
Achei um pouco estranho o envolvimento entre o meu pai e a mãe do Scott, mas nunca me importei o suficiente para questionar, sempre que ocorria algum evento grande, eu sempre dava uma desculpa qualquer para não ir, o que meu pai nunca brigou ou me obrigou a ir, o Scott parecia não gostar muito também, já que era poucas as vezes que ele ia. Já minha irmã adorava os novos mimos da nossa tal mordomia, mesmo sendo do jeito tímido dela, mas como ela detestava atenção demais ou que as pessoas a analisassem demais, ela sempre optava por não ir em grandes eventos e ficava no quarto dela assistindo a algum filme ou ia a casa de uma de suas amigas passar a noite.
Eu costumava passar meus dias em casa, fumando, na casa de alguns amigos ou fazendo coisas a fim, quando a mãe do Scott descobriu que o filho do namorado dela fumava, ela virou uma fera e disse que aquilo era algo inaceitável— pobre senhora Whitman mal sabia o próprio filho que tinha e qual era o seu meio de lucrar dinheiro, o que quase me fez rir na cara dela em puro deboche ao imaginar o que aconteceria se ela descobrisse. A mulher com certeza teria um infarto ou algo do tipo.
Claro que o Scott tomava todo o cuidado para não espalhar por ai seu segredinho sujo, eu até gostava do cara, ele era legal e bem divertido, não foi muito difícil fazermos amizade e em poucas semanas estávamos fumando juntos e mandando alguns riquinhos daquela cidade ir se fuder.
Quando as aulas começaram e eu descobri que teria que estudar na Charterhouse, eu achei aquilo pura tortura, pensei que teria que aguentar dois longos anos terríveis num covil cheio de pessoas falsas e metidas, mas até que era interessante os tipos de segredos e pessoas que você encontrava naquele lugar. Nessa escola eu descobri que até os ricaços eram fudidos e que alguns deles poderiam ser boas pessoas, não demorou muito para mim e minha irmã estarmos em um grupinho, — o qual era composto pelo Scott, um garoto chamado Isaac, que era um ano avançado do nosso, assim como o Scott e tinha também as outras duas garotas, Gisele e Liz que estava no mesmo ano que eu e a minha irmã.
Saímos algumas vezes, a turma do Scott— que ia muito além daquelas três pessoas—, alguns amigos meus e algumas amigas da minha irmã também. Nós nos divertíamos muito juntos. As vezes eu até pensava que minha vida era exatamente igual a daqueles adolescentes que vemos em filmes, mas a realidade era bem mais fudida e totalmente diferente.
Alguns semanas que estávamos na Charterhouse, minha irmã já havia feito amizade com uma garota— extremamente rica— e vivia com ela para todos os lados, ela se chamava Peg, era extremamente linda. Eu havia conversado com ela uma vez, mas o Scott me disse que ela era problema e que era melhor eu manter distância para não arrumar confusão pro meu lado e num lugar como a Charter, achei melhor ouvir o conselho do Scott, não queria problemas com aquelas pessoas, então sempre que via a garota, na escola com a minha irmã ou em qualquer outro canto, tentava ao máximo a tratar com indiferença ou simplesmente fingia que nem a havia visto.
