Capitulo 28

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"Nós vamos caminhar com isso
E mover montanhas
[...]
Eu vou me levantar sem medo, eu vou me levantar
E eu vou fazer isso mil vezes
Por você
[...]
Quando o silêncio não é tranquilo
E parece que está ficando difícil de respirar
Eu sei que você sente como se estivesse morrendo"

Rise up—Andra Day

Receber a notícia que meu avô havia morrido foi como ter uma faca enfiada no meu coração

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Receber a notícia que meu avô havia morrido foi como ter uma faca enfiada no meu coração. Eu achava que estaria pronto para uma situação como essa, mas não estava. Acho que ninguém nunca está.

Meu avô esteve presente na minha vida nos últimos 2 anos mais do que qualquer um. Era tão difícil pensar nele e saber que eu não poderia mais o visitar em Londres ou receber um e-mail dele.

Ele sempre odiou aparelhos eletrônicos, não gostava de ligações, mas depois de muita insistência ele adquiriu um telefone fixo e um computador, minha irmã era uma das únicas pessoas a qual ele falava por telefone.

Era mais difícil ainda ver a minha irmã naquela situação. Ela sempre foi muito apegada tanto a nossa avó como ao nosso avô.

Me quebrou mais ainda ver ela encolhida na cama, tremendo e chorando baixinho.

Tudo que eu mais queria era voltar no tempo, quando éramos crianças e vínhamos para Londres, ficar na casa do nossos avós. Era tudo simples e puro.

– Ele disse que já tinha pousado e estava vindo para o portão de desembarque— minha irmã falou ao meu lado guardando o celular.

Estávamos no portão de desembarque, esperando o Austin.

– Ali, eu to vendo ele— ela apontou para onde uma multidão de pessoa estava.

– Não estou vendo— eu semicerrei os olhos para tentar enxergar melhor.

– Ali Trevor, vem— ela apontou novamente e me puxou pelo braço.

Eu só consigo o identificar a uns 2 metro de distância.

Ela largou meu braço e saiu correndo na direção dele, o abraçando. Ele a abraçou de volta e eu fiquei à uma certa distância, os dando um tempo.

Depois que ela finalmente o largou, seu nariz estava vermelho e os olhos lacrimejando. O Austin secou algumas lágrimas que caia do olho dela e sorriu amigável, tentando a reconfortar.

– E aí cara, tudo bem?— eu me aproximei o cumprimentando.

– Tô bem cara e você?

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