Capitulo 12

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"Você pode fingir que não sente minha falta
Você pode fingir que não se importa
Tudo o que você quer fazer é me beijar
Ah, que pena que eu não estou aí
[...]
Alguém novo vai te confortar como você quer que eu faça
Alguém novo vai me consolar como você nunca fez
[...]
De vez em quando me recordo
Que eu sou aquela que escapou"

Bitches Broken Hearts — Billie Eilish

No dia seguinte, eu e a Mandy não tivemos tempo de conversar sobre os fatos de ontem

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No dia seguinte, eu e a Mandy não tivemos tempo de conversar sobre os fatos de ontem. Minha mãe nos levou para Brighton— era uma cidade pequena e acolhedora—, ficamos a maior parte da tarde na praia, depois fomos almoçar e fazer algumas comprinhas.

Minha mãe adorava ir até lá, ela dizia que a deixava mais relaxada e disposta, eu achava a mesma coisa. Eu e a minha mãe éramos parecidas em muitos aspectos, desde a aparência até os hábitos.

Voltamos para Londres por volta das 19h e foi uma grande surpresa entrar na sala principal da casa do vovô e encontrar o Mike e meu irmão conversando— bem animados até.

– Michael, que bom te ver aqui— minha mãe foi a primeira a se pronunciar.

– Olá Carrie— ele disse ficando de pé e cumprimentando minha mãe com um beijo no rosto e um curto abraço.

– O que você está fazendo aqui Michael?— eu perguntei um pouco rude e cruzando os braços.

– Peg, onde estão seus modos?— minha mãe me repreendeu, me olhando feio, percebendo meu tom de voz.

– Tudo bem, já estou acostumado com a gentileza da Peg— o Mike sorriu na minha direção e eu desviei o olhar.

– Bom, vou deixar vocês a sós— minha mãe disse e se despediu do Mike – Se comporte— ela sussurrou no meu ouvido quando passou por mim.

– Eu vou para o meu quarto, Mandy você vem?— eu disse assim que minha mãe sumiu de vista.

– Claro— a Mandy respondeu tão rápido, que eu até pensei que ela estava desesperada para que eu disse aquilo.

– Não! — o Mike se pronunciou tão rápido que me fez parar no meio do caminho, antes que saíssemos por completo do cômodo – Qual é, podemos fazer alguma coisa juntos, eu duvido que vocês tenham alguma coisa pra fazer agora— ele acrescentou e ficou esperando uma resposta.

Eu estava preste a me virar e dizer que tínhamos sim algo para fazer, mesmo que não tivéssemos— o que, era o caso—, eu inventaria algo, qualquer coisa, mas meu irmão foi mais rápido— infelizmente.

– É Peg, deixa de ser chata, vamos fazer alguma coisa— eu me virei e o fuzilei com os olhos e ele me olhava de volta, com um sorrisinho no rosto.

– Tudo bem— foram as palavras que saíram da minha boca, por alguma razão, desconhecida por mim – O que faremos?— eu cruzei os braços, olhando de um para o outro.

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