A MENTIRA MAIS VERDADEIRA - (Romance Gay) * Mpreg

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— Castiel, para. — Peço, o afastando e cessando aquele beijo. Ele me olhou, parecendo confuso.

— O que foi?

— Como “o que foi”? Castiel, se esqueceu do que aconteceu?! — Exclamo, irritado. Ele suspirou, se afastando.

— Não vamos voltar neste assunto, Flynn!

— Não! Não vamos! Com licença. — Falo, seguindo em direção ao meu carro, mas Castiel me puxa pelo braço, me arrancando um suspiro cansado.

— Para de agir assim, Flynn. Por favor. Somos adultos. Entenda o meu lado. Esse é o meu trabalho e eu realmente gosto de você. Separa as coisas. Meu trabalho é extremamente profissional. — Eu ri, desacreditado.

— Profissional? Ok, então seja profissional. Eu te contratei para ser meu namorado fictício. Quem está misturando as coisas aqui é você! Não é como se tivéssemos nos encontrado na rua e nos apaixonado. Eu vou ganhar a minha herança e você vai embora, para a sua vida de antes. Pronto! Nada mais. — Me livro do seu aperto, entrando em meu carro rapidamente, dando a partida.

Mesmo depois de tudo que passei, continuo sendo um idiota e deixando as pessoas pisarem em mim!

Suspiro, abaixando a janela do carro, apoiando o cotovelo na mesma e deixando que o vento gelado me acalmasse por fora. Pois por dentro, só Deus sabe a confusão de sentimentos que eu sentia.

Mas eu sei que fiz certo. Castiel é apenas um negócio. O contratei para poder conseguir minha herança. Eu não deveria ter deixado as coisas chegarem a esse ponto. Não deveria ter deitado com ele, não deveria ter... me apaixonado por ele.

Não! Não mesmo! Eu não estou apaixonado. Eu sou dono dos meus sentimentos. Eu tenho o meu controle. E não vou permitir que esse sentimento ruim e sem um final feliz me domine por completo. Eu sei lembrar, mas também sei esquecer.

Humph... a quem estou querendo enganar?

Solto um longo suspiro, me sentindo a pessoa mais azarada do mundo. Como pode isso acontecer justo comigo?! Ou melhor, como eu cheguei até aqui?! Perdi meus pais e minha irmãzinha, que ainda tinha uma vida inteira para aproveitar. Sou excluído pelos meus familiares que deveriam me apoiar nesse momento mais difícil da minha vida, que é justamente não ter ninguém para contar. E eu chego ao ponto de contratar um garoto de programa para fingir ser meu noivo. Cheguei ao nível mais baixo da minha autoestima, se é que eu tive alguma vez.

Tudo bem. Não importa mais. Nesse momento, nada mais importa.

Assim que chego em casa, retiro meus sapatos e a roupa molhada, andando despreocupado pela casa já que moro sozinho, ou ao menos morava...

Pego uma toalha e sigo para o banheiro em meu quarto, tomando um rápido banho, apenas para tirar a água da chuva e também para não acabar ficando doente. Coloco um shortinho de dormir preto, de cetim, e pego o secador, sabendo que iria demorar uma década para secar meus cabelos.

— Não pense que aceitei o fim daquela conversa. — Castiel adentrou o quarto minutos depois. Apenas ignoro, voltando a me olhar no espelho e continuando a secar meus cabelos. — Flynn, eu estou louco por você. É tão difícil acreditar? — Respiro fundo, mantendo a minha estratégia de ignorá-lo. Talvez assim ele entendesse que eu não queria conversa. Bem, eu estava completamente errado. Castiel logo me puxou pelo braço, desligando o secador e me pondo sentado sob a cômoda, ficando entre minhas pernas.

— O que pensa que está...!

— Cala a boca! — Castiel exclamou, me deixando surpreso com seu tom grave e imponente. — Eu não vou ficar repetindo como se fosse um CD arranhado. Eu gosto de você, porra! Eu quero ficar com você. Mas eu tenho meus compromissos, e eu lhe juro que as outras pessoas não significam nada para mim. — Fecho os olhos, respirando fundo e tentando me manter calmo.

— Castiel eu não quero brigar. Eu só quero deitar e dormir. Só isso. Por favor, não insista.

— Insisto! Insisto porque você pega a verdade das pessoas e as interpreta de maneira totalmente errada. Nem todo mundo quer te ver mal, Flynn. Acredita nisso.

— E você? Por que não me conta o que tem com o meu professor? — Ele se afastou, parecendo ser pego de surpresa.

— Eu... disse que não queria falar disso hoje.

— É tão grave assim? — Ele negou, suspirando.

— Não... não para ele. Eu só... não quero falar disso agora. — Ele se aproximou novamente, segurando minhas mãos. — Primeiro eu quero me resolver com você. Ter a sua confiança. — Desvio o olhar, descendo da cômoda e seguindo para a minha cama, me cobrindo com o edredom.

— Já está tarde, Castiel. Vai dormir e amanhã conversamos. — Falo, fechando meus olhos. Ouço passos pelo quarto, e para a minha surpresa, sinto um corpo se juntando ao meu, abraçando minha cintura e me fazendo sentir que ele não usava absolutamente nada.

— Mesmo me ignorando, me dando um fora, me jogando para longe de você... saiba que isso só me trás ainda mais para perto de ti. Tua boca nega, mas teu corpo me aceita...

— Castiel... pare... Eu não...

— Por que seu corpo está arrepiado? — Sussurrou, mordiscando minha orelha, e me abraçando mais forte, me fazendo sentir seu volume se esfregando em minha bunda. Prendo a respiração, tentando não parecer afetado, mas isso foi inutilmente. — Sua respiração está descompassada... está suando... Vai negar que não me deseja? Que não me quer?

— Castiel... — Tento falar, mas ele me puxa de frente para si, puxando rapidamente meu short para baixo, me deixando completamente nu e exposto para si. — Castiel, o que você...! — Tento me vestir, ou me cobrir de alguma forma, mas ele segura meus pulsos, me puxando para cima do seu corpo, me deixando sentado exatamente em cima do seu pau, que evidentemente, já estava totalmente ereto, contribuindo para me deixar ainda mais nervoso.

— Você me enlouquece, baixinho. Me enloquece, garoto! — Ditou, se sentando e rapidamente colando sua boca na minha, não me dando chances para reagir.

Mas eu queria reagir...?