🔥 ______ PROBLEMAS? SIM, PROBLEMAS ______🔥

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No dia seguinte, eu pude sentir as consequências de uma noite inteira regada a sexo. Tudo doía. Mas era uma dor boa. Eu estava satisfeito e até mesmo de bom humor. Como hoje não tinha aula, tomei um rápido banho, fiz minhas higienes e me vesti com uma calça moletom branca, somente.

Desço para a cozinha, vendo Castiel ao telefone.

— Eu sei que faltei, mas... Tá, pode ao menos me ouvir?... Ok, juro que não vai acontecer de novo... Tá... Eu vou tentar falar com ele... Até. — Ele encerrou a ligação, soltando um longo suspiro. — Droga...

— Bom dia... — Murmuro, tentando agir como o inocente da situação, chamando a atenção de Castiel, que me olhou como se pudesse me matar instantaneamente só ao me olhar daquela forma.

— Bom dia nada! Eu me compliquei na empresa, Flynn. E por sua culpa!!! — Exclamou, o que me fez revirar os olhos.

— Eu não te obriguei a nada. Afinal de contas, o algemado da noite fui eu. — Rebato, lhe virando as costas e seguindo para a sala. Ele me alcançou, me puxando bruscamente pelo braço.

— Não se faça de vítima! Você sabe muito bem o que faz comigo e como me deixa vulnerável. Mas, Flynn, eu não vou deixar meu emprego por sua causa. — O encaro, incrédulo.

— Então vai embora! Eu não preciso mais de você! — Exclamo, agora irritado.

— Você precisa sim! E você sabe disso. Eu não vou ficar alimentando seus dramas, não estou com tempo para isso. — Ditou, pegando as chaves do seu carro e seguindo até a porta.

— Aonde está indo? — Questiono, receoso. Ele me olhou bravamente.

— Resolver o que você me impediu ontem! — Exclamou, batendo a porta e indo embora.

Sento no sofá, em choque, deixando as lágrimas caírem. Como ele pode ser tão frio assim? Eu sabia que não devia me envolver. Que eu acabaria assim: sozinho de qualquer forma. Por que eu ainda tento?

Suspiro, enxugando as lágrimas e subindo para o quarto. Não queria sair. Não tinha lugares nem amigos para isso. Então me joguei em minha cama, resolvendo dormir mais um pouco.

. . .

Alguns dias se passaram, e o clima entre Castiel e eu só piorava a cada dia. Ele aumentou suas horas de trabalho, e mal ficava em casa. Eu também me afoguei nos estudos e no trabalho. A empresa estava repleta de projetos a serem desenvolvidos e eu resolvi focar nisso e tentar esquecer Castiel ao máximo.

Ele já não invadia mais meu quarto à noite. Dormia no quarto de hóspedes, isso quando não trabalhava, já que quase toda noite ele não voltava para casa. E eu ainda tentava descobrir o motivo por ainda estar o mantendo aqui.

A empresa estava no seu melhor momento. Eu já aprendi a lidar com os negócios e não preciso mais ter ninguém ao meu lado para conseguir minha herança.

Suspiro, observando a cidade pela manhã, tomando um café, já que eu não me sentia muito bem aquela manhã. Nada estava descendo e parece que qualquer comida estava podre ao meu paladar. Eu ao menos me obriguei a tomar um pouco de café.

— Bom dia. — Castiel falou, seco, acabando de chegar em casa. Já era mais de oito da manhã, e ele nem sequer me olhou.

— Bom dia... — Murmuro, sentindo ânsia de vômito assim que Castiel passou por mim. Ele tinha vários perfumes misturados, o que fez meu estômago revirar, e eu corri o mais rápido que pude para alcançar o banheiro e vomitar no vaso sanitário.

— O que você tem? — Castiel apareceu na porta, quebrando aquele gelo entre nós e me olhando com preocupação. O empurro para longe, lavando minha boca.

— Seu perfume está horrível! — Exclamo, querendo vomitar novamente, mas eu não tinha nada no estômago para pôr para fora, já que só tomei aquele café pela manhã, e ele já estava no vaso sanitário.

— Meu perfume? Está de brincadeira, né? Ninguém vomita só por causa de um perfume!

— Um não! Vários! — Exclamo, lavando minha boca e saindo do banheiro, respirando fundo e voltando para a cozinha, abrindo as janelas para ver se entrava um ar puro.

— Não começa, Flynn! Tomei banho ao fim do trabalho, e estou usando meu perfume de sempre! — Se explicou, vindo atrás de mim.

— Então está vencido! — Rebato, ficando na janela, sentindo o ar puro do meu jardim, o que me deixou um pouco melhor. Castiel se aproximou, apoiando suas mãos na janela, me deixando encurralado. — Castiel...! Eu não estou brincando. Você está me deixando enjoado. — Exclamo, tentando empurrá-lo, mas ele segurou meu pulso, me olhando profundamente.

— E agora? Ainda está enjoado? — Questionou, se aproximando e beijando meu pescoço, me arrepiando. Mas seu perfume continuava muito forte, e logo o empurrei.

— Sim! Estou! E você não está ajudando.

— E o que você quer que eu faça?! — Exclamou, impaciente.

— Não sei! Tome um banho, troque de perfume, sei lá! — Exclamo, me sentando no batente da janela. Castiel bufou, revirando os olhos.

— Ok! Eu vou tomar um banho então... Esquisito! — Resmungou, subindo para o quarto. Só assim pude me sentir melhor.

Bem melhor!

A MENTIRA MAIS VERDADEIRA - (Romance Gay) * MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora