🔥 ______ A DECISÃO FINAL ______🔥

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— Amor, fica calmo. Não se esqueça das nossas meninas. — Castiel falou, me abraçando por trás e pousando as mãos em minha barriga, sentindo nossas meninas chutarem, o que realmente me deixou mais calmo. Eu já estava com 7 meses de gravidez e já havia descoberto o sexo do bebê, ou melhor, das bebês.

Quase surtei quando descobri que teria duas meninas. Eu fiquei feliz, afinal... bem... eu sempre fui muito família, e talvez seja um presente de Deus me proporcionar duas meninas, já que perdi as duas mulheres da minha vida.

Castiel amou a notícia, e já começou a preparar o enchoval. É sério, ele comprou muita coisa. Fomos ao shopping alguns dias atrás e ele se empolgou demais. Nem sei se as coisas vão caber nos quartos. Enquanto elas forem pequenas, eu quero deixá-las em um quarto só, unidas. Quando estiverem maiores, cada uma poderá ter seu próprio quarto. Bem, uma coisa é certa, amor não vai faltar.

Porém, hoje era o dia que poderia mudar minha vida completamente. Hoje era a decisão final do advogado. Ele seria o encarregado de dizer quem teria direito à herança dos meus pais.

Eu estava nervoso. Depois daquele escândalo na Internet, eu posso perder tudo em um piscar de olhos, e o que eu menos quero é ter que depender de Castiel. Eu iria trabalhar nem que fosse com 9 meses de gravidez, mas não iria depender de ninguém!

— Bom dia, senhor Lindsay. — O advogado me cumprimentou, assim que chegou em minha casa. O recebi, com um sorriso amigável.

— Bom dia. Fique à vontade. — Logo em seguida entrou minha avó, olhando estranho para minha barriga.

— Alguém andou comendo muito hambúrguer pelo visto. — Zombou, rindo. Ela não sabia da minha gravidez, e eu não fiz menção de contar. Não queria um mal olhado em cima das minhas meninas.

Castiel abraçou minha cintura, como sempre, muito protetor, me guiando até o sofá. Me sentei ao lado dele, enquanto o advogado estava na poltrona, revendo alguns documentos. Minha avó se aproximou, sentando no sofá à minha frente.

— Bem, passei este ano analisando ambas as empresas e digamos que a vida pessoal de cada um... — O advogado iniciou, mas logo foi interrompido pela minha avó.

— E que fique claro que ele está se relacionando com um prostituto. Uma péssima imagem para a empresa. — Soltou o seu veneno, com um sorriso vitorioso.

— Acalme-se, vamos chegar lá, senhora. — O advogado rebateu. — Bem, Sr. Lindsay, em relação ao seu aspecto profissional, devo dizer que estou impressionado. Sua margem de lucros rendeu mais 60%, o que é um ótimo percentual para alguém tão jovem. — Sorri, agradecendo. — No entanto... teve esse escândalo com seu noivo. Vocês chegaram a terminar, certo?

— Bom... sim.

— Eu não trabalho mais como garoto de programa. Não por vergonha, mas pela minha família. — Castiel me interrompeu, o que me fez sorri.

— Família? — O advogado sorriu para nós.

— Sim, senhor. Eu... não sei explicar, mas estou grávido de 7 meses, esperando duas lindas meninas. — Explico, vendo ele me olhar surpreso.

— Mesmo? Meus parabéns!

— Grávido?! Até parece! Isso certamente é um golpe! — Minha avó exclamou, irritada.

— Senhora, acalme-se por favor. — O advogado pediu.

— Eu não teria o porquê mentir. — Dito, levantando a camisa de Castiel que eu usava, mostrando minha barriga já bem grande, o que me deixava uma verdadeira bola. O advogado sorriu, assentindo.

— Não precisa provar nada, jovem. Meu marido também está esperando um filho meu. E posso dizer que ele é a coisa mais linda do mundo no seus momentos de gravidez. — O advogado falou, deixando todos surpresos.

— Espera aí, você é gay?! — Minha avó exclamou, o olhando.

— Algum problema?

— Sim! Como um veado pode estar atuando como advogado?! Isso é um circo ou o quê?!

— Certo, chega! — O advogado se levantou, voltando à sua expressão séria. — A senhora será denunciada por homofobia, e se disser mais alguma coisa ao meu respeito, garanto que não sairá de lá nem tão cedo. — Ditou, me deixando boquiaberto. Porém, não falei nada.

— Eu? Denunciada? Até parece! Agora eu devo te respeitar?! Não é você que decide a posse da herança, mas sim o juiz, que certamente deve ser um homem de verdade!

— O juiz já decidiu há um bom tempo, eu vim apenas informá-los. E sim, você será denunciada por homofobia e, já deixo avisada que não receberá um só centavo da herança do Sr. e Sra. Lindsay. Pois de acordo com o juiz, a herança deve ser entregue ao primogênito, ou seja, Flynn Lindsay. — Sorri ao ouví-lo, incrédulo. Castiel sorriu, me abraçando e me beijando.

— Parabéns, amor. Eu sabia que ia conseguir. — Castiel sussurrou ao meu ouvido, sorrindo para mim. Nos levantamos, indo até o advogado.

— Muito obrigado mesmo. Não sabe o quão feliz estou por isso. — Agradeço, chorando de felicidade.

— Vocês merecem. O juiz fez a escolha certa. Felicidades ao casal.

— Igualmente.

— Você está mentindo! Isso não pode ser verdade! Essa herança deve ser minha! Só minha! — Minha avó gritou, histérica. A polícia entrou na casa, a algemando e a levando para a delegacia.

— Já tinha um veículo da polícia lá fora caso algo saísse do controle. Bem, agora vocês poderão viver em paz. Até. — O advogado explicou, se despedindo.

— Espera! — Chamo, vendo ele me olhar. — Por que não convida seu marido e vem jantar aqui em casa? Considere como um agradecimento pelo seu trabalho. — Ele sorriu, assentindo.

— Não recuso uma boca livre. — Brincou, nos fazendo ri. — Meu marido certamente vai adorar a ideia. Ele ama fazer novas amizades. Até breve!

— Até. — Ele se retirou, e eu suspirei, me virando de frente para Castiel, ficando na ponta dos pés para conseguir beijá-lo.

— Amor... quando vai me contar sua história? — Questiono e ele me olha confuso.

— Você já sabe.

— Não. A sua história com Otávio. — Peço e ele suspira.

— Amor, eu não quero falar daquele desgraçado.

— Mas se eu não souber agora é capaz de eu dar à luz agora mesmo de tanta ansiedade. — Ameaço, vendo ele sorri.

— Pelo amor de Deus, não faz isso. Vem. — Nos acomodamos no sofá e eu aguardei pacientemente ele começar a contar. — Quando eu estava começando a fazer mais sucesso na empresa, eu conheci o Otávio. Ele foi um dos meus primeiros clientes quando me tornei um garoto de luxo. Nos envolvemos, ele me chamou para sair... no início eu até relutei, mas não demorei a cair nos encantos dele. Eu me apaixonei por ele e... comecei a querer fazer tudo para ele. Eu pagava suas roupas, suas viagens, seus automóveis, tudo. Eu estava sustentando ele e com o tempo mal o via. Meus pais não sabiam do meu trabalho na época, e com tanto dinheiro sendo gastado, eu acabei ficando sem nada praticamente. Otávio ficava me cobrando, pedindo dinheiro, mas eu não tinha. Ele ficou muito irritado e no dia seguinte minha mãe recebeu vídeos íntimos de nós dois e dos meus clientes. Ela teve um infarto pela notícia e foi parar no hospital. Depois disso, eu cortei qualquer laço com ele. Otávio ficou me infernizando um bom tempo, mas depois sumiu. Talvez encontrando outro idiota para enganar. Bem... é isso. — O olho, entristecido.

— Ele é horrível... — Murmuro, espantado.

— Por isso não te quero perto dele. Nem vai ficar. — Eu o olhei, confuso.

— Ele é meu professor da faculdade.

— Era. Foi substituído.

— Por quem?

— Lembra que eu comentei um dia que tinha algumas graduações? — Assenti. — Pois bem, o professor substituto da sua faculdade será eu.

O quê?!

A MENTIRA MAIS VERDADEIRA - (Romance Gay) * MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora